sábado, 31 de maio de 2008

GOL CONTRA DE PATO!

“Fugi da prostituição. Qualquer outro pecado que o homem comete, é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo”. (I Corintios 6.18)

Meu comentário dessa semana vai da declaração do craque de futebol, Alexandre Pato, sobre sua conduta no seu namoro.

"O atacante brasileiro Alexandre Pato disse ser evangélico como Kaká, mas afirmou que não chegará virgem ao casamento como o companheiro de Milan fez.

"Chegar virgem ao casamento? Não, nem se fosse Kaká", comentou o jogador, 19 anos, em entrevista à edição italiana da revista GQ, a ser lançada nesta sexta-feira.

O jogador disse ter suas crenças religiosas, mas confessou que não segue o Evangelho "ao pé da letra". Pato falou que quer casar com sua namorada, a atriz brasileira Stephany Brito, mas sabe que ainda é muito cedo." (www.noticiascristas.blogspot.com)

Os dribles e gols bonitos de Alexandre Pato, o paranaense que fez história em sua curta passagem pelo Internacional de Porto Alegre e que agora encantam os torcedores italianos do Milan não são suficientes para desfazer a feiúra desse “gol contra”.

Ao falar que suas convicções religiosas não são “ao pé da letra” a ponto dele se resguardar para o casamento, evitando relações sexuais nesse período de namoro demonstra a fragilidade de sua fé, a inconsistência de seu caráter e o desconhecimento das orientações bíblicas a respeito desse assunto.

Na ordem de Deus para o casamento temos bem explicito qual é o procedimento padrão a respeito do casamento: “Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne” (Gênesis 2.24). Está claro por aqui que a ordem do casamento é: primeiro o casamento formal, onde o homem assume as responsabilidades em nível de sustento, proteção e amparo à sua esposa (abandonando a posição de sustentado para a de sustentador da casa); depois vem a união, que é o casamento em seu trâmite civil que é marcado pela assinatura dos termos do casamento civil propriamente dito e só depois há a “união de corpos”, um eufemismo para o ato sexual quando o homem e a mulher tornam-se um em conjugação carnal.

Fora desse rito processual não encontramos base bíblica para o desfrute da vida sexual. Foi muito feliz a cantora Ana Paula Valadão quando disse que Deus criou o sexo e deu-lhe o nome de casamento. Até mesmo porque temos de concordar que o sexo é mais do que um ato físico, é parte da união total de duas pessoas, incluindo suas mentes, emoções e alma, como seus corpos.

Esse principio que defendo nesse artigo, a de que o sexo é privativo ao casamento concorda com a ética puritana, que marca o pensamento evangélico conservador (hoje infelizmente tenho de usar essa expressão em meio ao fragrante crescimento de um liberalismo moral em nosso meio) até os dias de hoje.

Não podemos ficar reféns de impressões mundanas para reger a nossa ética enquanto cristãos. O jogador Kaká deu um exemplo internacional de que se pode perfeitamente namorar sem sexo. Ele esperou o tempo certo, sua esposa está esperando agora um bebê, e ambos estão certos da benção de Deus.

Já Pato, prefere se igualar aos demais, é frouxo nas suas convicções cristãs, e é bom nos pés (como jogador), mas péssimo na cabeça (como “cristão”).