segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

CAIU O TETO DO TEMPLO, ABALOU-SE A IGREJA!

"Ora, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para confundir os sábios; e Deus escolheu as coisas fracas do mundo para confundir as fortres; e Deus escolheu as coisas ignóbeis do mundo, e as desprezadas, e as que não são, para reduzir a nada as que são; para que nenhum mortal se glorie na presença de Deus". (I Corintios 1.26-29)

Ontem, no intervalo dos dois cultos vespertinos da Igreja Renascer, em sua sede internacional em São Paulo uma tragédia aconteceu: o teto do templo veio à baixo e o resultado foi terrível: até ontem haviam noticias de 07 mortos e cerca de 80 feridos!

Fiquei aturdoado, pois me senti igualmente fragilizado diante da fatalidade de ter algo parecido acontecido em outras igrejas, sobretudo devido à falta de alguns cuidados na elaboração de um plano de obras que privilegie a segurança na construção. Infelizmente são muitos os que pensam que, pelo fato de ser "obra de Deus" o engenheiro responsável é "Jesus". Esquecem-se de que a obra de Deus é espiritual e ela requer homens que sejam sábios e cuidadosos na manutenção de toda estrutura física de nossas congregações.

Em minha devocional de hoje pela manhã fui remetido a esse texto que para mim implicoou em algumas lições que julgo preciosas para esse inicio de semana:

(a) Deus chama as coisas simples para confundir os sábis esclarecidos.

A queda daquele teto em São Paulo me faz pensar na fragilidade de nossas estruturas pessoais. Olha, se uma igreja do porte da Renascer com seus milhões em caixa teve o teto de seu templo arrancado e moído (a impressão que eu tive ao ver as cenas era que tudo parecia um papel que havia sido amassado por mão humana) quanto mais a nossa vida tão fragilizada pode em momento ou outro também desabar, isto tudo por conta de nossas fraquezas e medos decorrentes de nossa humanidade!

Maysa Monjardim, a cantora que teve sua vida exposta à midia por uma minissérie da Rede Globo nas últimas duas semanas marcou o pais com uma canção com um título tocante: "meu mundo caiu". Fico a pensar que o mundo (e não apenas o teto) dce muita gente vem caindo dia após dia, em falta de sonhos e perspectivas acerca desse inicio que se inicia. São pessoas que não se compreendem atores de sua própria existência, mas sim vítimas dos outros e das circunstâncias.

Ainda bem que Deus não tem muitos nobres e esclarecidos entre os seus chamados, pois Ele tenciona trabalhar com gente frágil, com seus tetos e mundos prestes a cair, mas que confiam única e exclusivamente no Senhor para superar suas debilidades pessoais! Deus só é glorificado em nós quando reconhecemos nossa suficiência nele!

(b) A mortalidade não tem direitos de reinvidicar nada junto à imortalidade!

Deus tem escolhido as coisas mais frágeis, palpérrimas mesmo a fim de tornar confusos os poderosos que insistem em tentar angariar favor do Senhor com frases de efeito e recursos meramente materiais!

Não digo que o que aconteceu ontem foi castigo de Deus, mas sei que a direção da Igreja Renascer tem muito a avaliar acerca de suas propostas teológicas (aceitação de homossexuais como membros, adoção irrestrita do evangelho da prosperidade, ordenação de seu líder maior como "apóstolo", falta de transparência em suas contas financeiras, enfim...) isso porque, não temos direitos de como homens mortais reinvindicar nada junto ao Deus imortal, caso não estejamos cumprindo nossas tarefas diárias e rotineiras.

Tenho para mim que tudo isso deve ser um aviso (a Renascer e a todos nós) de que: não podemos, como diz o texto que exponho, nos gloriarmos na presença de Deus! Definitivamente a soberba precede à queda e tudo o que fizermos neste mundo haveremos de prestar contas diante de Deus! Somos finitos, pequenos, raquíticos diante da presença de Deus!

Somos, como J. Bunyan dizia "pregadores em cadeias para homens em cadeias". Nossa miserabilidade nos expõe e deveria nos constrangir. Que percamos o teto de nossos templos, mas que nossas igrejas permaneçam de fé, proclamando a Jesus e ao seu verdadeiro evangelho. Evangelho que não é só de palavras de poder, mas que tem a autenticação do Espírito da verdade, diante de quem um dia iremos prestar contas, irremediavelmente.