sábado, 11 de julho de 2009

ADEUS, NIZIANNE!

“Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória”. (I Corintios 15.53,54)

Ela sempre será inoportuna, intrusa e inevitável. É estranho nos despedirmos de alguém tão jovem! Mas, a dura realidade da morte nos alerta de que a vida não pode ser menosprezada de forma alguma.

Um comentarista bíblico do passado, Mattew Henry dizia que “A morte, que nos separa de todos os nossos outros amigos, e interrompe nosso relacionamento com eles, não pode nos separar do amor de Cristo, nem nos colocar fora do alcance dos seus chamados.” É fato que nossa vida precisa passar por um teste diante da morte.

Olha, a nossa existência aqui na Terra não pode passar em branco sem antes cumprirmos o nosso chamado: dar peso ao nome de Deus através de nossos atos e atitudes. Isso não é teoria, precisa ser prática na nossa vida. As pessoas hoje estão vivendo vidas muito apagadas, suas prioridades estão equivocadas, há um forte clima de egoísmo no ar! As pessoas estão fechadas em si mesmas, importando-se apenas consigo mesmas! Não é a toa que os problemas emocionais estão crescentes, pois quanto mais se pensa em si mesmo, mais distante encontra-se longe do verdadeiro sentido da vida que é: “viver para Deus!”.

É isso que o sábio Salomão quis dizer em Eclesiastes 12.13: “Este é o fim do discurso; tudo já foi ouvido: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é dever do homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau”.

Dizem que Tennyson, poeta inglês, estava caminhando, certo dia, por um jardim de belíssimas flores. Um amigo, que com ele estava, perguntou: “Tennyson, você fala constantemente de Jesus Cristo. O que Ele significa, realmente, para você?" Inclinando-se, Tennyson apontou para uma flor amarela e respondeu: "O que o sol significa para esta flor, Cristo significa para minha alma.”

Viver para glória de Deus significa muito mais do que ser filiado a uma igreja evangélica (embora isso seja importante!), tem a ver com a entrega de toda a vida para a causa de Deus. Significa reavaliar as nossas prioridades! A morte quando vem, ainda mais de modo abrupto como a Nizianne nos pega com um nó na garganta e precisa servir de lembrete a todos nós, os vivos, de que temos de valorizar mais a nossa comunhão com Jesus!

Perguntas que não querem calar: como anda a sua vida de oração? Como anda o seu comprometimento com os princípios de Deus? Até que ponto sua vida ilumina o local onde você mora, trabalha ou estuda? Caso você morresse hoje as pessoas diriam o quanto você era importante para elas? O que você tem mais valorizado: seus títulos ou o seu testemunho? Deus está sendo lembrado em todos os seus dias?

sexta-feira, 10 de julho de 2009

500 ANOS DE CALVINO: PARA ESCLARECER ALGUMAS COISAS!

João Calvino, importante reformador da igreja, um homem que se dedicou à oração, pregação da Palavra e liderança espiritual em um tempo bastante conturbado da história nasceu em 10 de julho de 1509. Hoje comemoramos os 500 anos de seu nascimento e resolvo com humildade copiar nesse espaço alguns esclarecimentos feitos pelo mestre Franklin Ferreira no blog da Editora Fiel:

Mito: Calvino inventou a doutrina da predestinação.
Fato: Entre outros, Agostinho, Anselmo, Aquino, Lutero e Zwinglio ensinaram e escreveram sobre a doutrina da predestinação antes de Calvino, enfatizando a livre graça de Deus triunfando sobre a miséria e escravidão ao pecado.

Mito: A doutrina da predestinação é central na teologia de Calvino.
Fato: Em seus escritos, especialmente nos comentários, Calvino trata do tópico quando o texto bíblico exige. E como alguns eruditos têm sugerido, o tema central de sua teologia parece ser a união mística do fiel com Cristo.

Mito: Calvino não tinha interesse em missões.
Fato: Entre 1555 e 1562 um total de 118 missionários foram enviados de Genebra para o exterior – um número muito superior ao de muitas agências missionárias da atualidade. E os primeiros mártires da fé evangélica nas Américas foram enviados por Calvino ao Brasil para encontrar um lugar de refúgio para os reformados perseguidos na Europa e evangelizar os índios.

Mito: A crença na predestinação desestimula a oração.
Fato: Calvino escreveu mais sobre a oração do que a predestinação nas Institutas, enfatizando a oração como um meio de graça por meio do qual a vontade de Deus é realizada e suas bênçãos são derramadas.

Mito:Calvino é o pai do capitalismo.
Fato:As forças que moldaram o capitalismo moderno já estavam presentes na cultura ocidental cerca de 100 anos antes da reforma. O que Calvino valorizou em seus escritos foi o estudo, o trabalho, a frugalidade, a disciplina e a vocação como meios de superar a pobreza. Ele não condenou a obtenção de lucros advindos do trabalho honesto.

Mito: Calvino foi o ditador de Genebra.
Fato: Ele tinha pouca influência sobre as decisões acerca do ordenamento civil da cidade e não tinha direito de voto em decisões políticas ou eclesiásticas no conselho municipal. Sua influência era persuasiva, por meio de seus sermões e escritos. Em países influenciados pelo pensamento calvinista não surgiram ditadores, nem nas esferas políticas muito menos nas eclesiásticas.

Mito:Calvino mandou matar Miguel Serveto.
Fato: Serveto foi executado por ordem do conselho municipal de Genebra por heresia, especialmente por negar a doutrina da Trindade. Ele havia sido condenado pelas mesmas razões por dois tribunais católicos, só escapando da morte por ter fugido da França. Inexplicavelmente ele foi para Genebra. No fim, todos os reformadores europeus apoiaram unanimemente a decisão do conselho de Genebra.

Mito: Os ensinos de Calvino são social e politicamente alienantes.
Fato: Pode-se ver a influência do pensamento de Calvino na revolução puritana de 1641 e na primeira deposição e execução de um rei tirano em 1649, na Inglaterra; no surgimento do governo republicano (com a divisão e alternância do poder, além de ênfase no pacto social); na revolução americana de 1776; na libertação dos escravos e na defesa da liberdade de imprensa.

Mito: Calvino não tinha interesse em educação.
Fato: Calvino não só inaugurou uma das primeiras escolas primárias da Europa como ajudou a fundar a Universidade de Genebra, em 1559. Algumas das mais importantes universidades do ocidente, como Harvard, Yale e Princeton foram fundadas por influência dos conceitos educacionais do reformador francês. A imagem permanente associada às igrejas reformadas é que estas sempre têm uma escola ao lado.

Mito:Os ensinos de Calvino não são bíblicos.
Fato: Calvino enfatizou fortemente a autoridade e prioridade das Escrituras e praticamente inaugurou o método histórico-gramatical de interpretação bíblica. Escreveu comentários sobre quase todo o Novo Testamento e grande parte do Antigo Testamento, além de milhares de sermões. E sua grande obra foi as Institutas da Religião Cristã, que seria “uma chave abrindo caminho para todos os filhos de Deus num entendimento bom e correto das Escrituras Sagradas”. O reformador francês lutou para que toda a sua cosmovisão estivesse debaixo da autoridade da Bíblia.

Isso é apenas uma tentativa de esclarecer que muitos mitos tem sido ditos sobre Calvino. Muita gente despreparada tem ousado fazer comentários sem o minimo de rigor de pesquisa e integridade. Calvino não era um homem perfeito, mas o Senhor dele o era e ainda é, isso mesmo, ele era um servo de Jesus. E isso basta.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

ADULTÉRIO NO CORAÇÃO É COISA SÉRIA!

"Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela." (Mateus 5.28)

Jesus mais uma vez surpreende os seus interlocutores com uma de suas declarações bombásticas. Ele agora volta-se para os homens legalistas que, orgulhosamente declaravam que, pelo fato de não terem ido para a cama com as mulheres alvos de seus desejos sexuais logo, estariam imunes à condenação por adultério. Mas, o que aprendemos aqui por princípio é: o adultério do coração é igualmente perverso ao adultério efetuado no corpo.

Para Jesus tudo começa no olhar que se precipita na cobiça e depois na consumação do pecado. É o que Tiago propõe: "Cada um, porém, é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência; então a concupiscência, havendo concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado gera a morte." (Tiago 1.13,14)

O desejo é inflamado por um olhar cativante numa mulher que pode estar extravagantemente vestida ou não, pois a mente do homem é capaz das loucuras mais absurdas! Depois o coração acaba armazenando essas imagens e, como resultado temos a morte anunciada!

Dai, Jesus diagnosticar o adultério como uma questão de coração antes de ser apenas uma questão física. É o que comenta Martyn Lloyd Jones: "O que conta, portanto, não são apenas os feitos de uma pessoa, mas os seus desejos; não somente não devemos cometer, mas nem ao menos devemos cobiçar".

Eu aprendi recentemente a considerarmos algumas questões bem delicadas a respeito do pecado:

(a) O pecado é algo que marca profundamente a nossa natureza humana.

Não há nada mais intrínseco à natureza humana do que o pecado. O que percebemos em nosso contexto de conversas com as pessoas e conosco mesmas já nos dá base suficiente para admitirmos o seguinte: não são os pecados que produzem a natureza pecaminosa, mas sim a natureza pecaminosa que é mestre na produção de pecados! Somos pecadores, desde o nosso nascimento! "Eis que eu nasci em iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe" (Salmo 51.5).

(b) O pecado é suficiente para levar o ser humano ao inferno!

Pode não ser muito popular falar em inferno em um contexto onde as pessoas insistem em ouvir apenas o que querem! Mas, o contexto bíblico não nos deixa de maneira nenhuma enganados quando a existência desse lugar-estado onde os perdidos vão viver eternamente em lamúrias espirituais!

E, para apoiar essa posição eu cito integralmente a fala de John Stott como contribuição para a verdade de que as pessoas hoje precisam levar mais a sério esse alerta sobre o cuidado que precisam ter em relação aos seus olhos espirituais:

"É claro que este ensinamento vai totalmente contra os padrões moderenos da permissividade. Baseia-se no princípio de que a eternidade é mais importante do que o tempo, que a pureza é mais do que a cultura, e que qualquer sacrifício é válido neste vida se for necessário para assegurar a entrada na outra. Temos simplesmente de decidir se queremos viver para este mundo ou para o outro, se queremos seguir a multidão ou a Jesus Cristo".

Na realidade, o ideal é que você meu amado leitor faça uma aliança com Deus para que seus olhos fixem apenas naquilo que é eterno, permanente e sólido e não naquilo que é passageiro, material e carnal. Deus quer que seus olhos sejam abençoadores e que você poste-se no lugar onde o Senhor ministrará o seu cuidado e liberará a sua vitória!