quarta-feira, 11 de novembro de 2009

MINI SAIA OU MINI CÉREBRO?

"Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que põem as trevas por luz, e a luz por trevas, e o amargo por doce, e o doce por amargo!". (Isaías 5.20)

O Brasil todo foi surpreendido e ficou até certo ponto enojado com a rotina jornalistísca sendo invadida por um assunto de tamanho "mini": o caso da estudante Geisy Arruda, de 20 anos que foi estudar um belo dia com uma saia ou melhor, mini-saia carmesim que chamava a atenção de marmanjões obsecados com a falta de roupa da jovem.

Houve repercussões diversas: PM foi chamada para escoltar a displicente da sede da universidade, entrevistas mil foram dadas, de inicio houve a punição depois o abrandamento por causa sobretudo da intervenção do MEC (isso sim, do governo!) e também de manifestações país a fora das mulheres em defesa do direito, leia-se desrespeito, de usar saias do comprimento que melhor lhes aprouverem. Em suma, sacramentaliza o despudor. Virou lei o ultrage aos valores sérios de cidadania! Viva a mini-saia, diriam os defensores do alheio, eu digo: Viva o mini-cérebro de nossa sociedade que, na fragilidade de seus heróis elege uma tresloucada como símbolo da nova ética.

O país parou para discutir sobre a mini-saia. Os efeitos da notícia já estão sendo maiores do que o do apagão de ontem a noite (negado pelo governo, já foi dito, "não há problema algum!). Estou cada vez mais convencido que vivemos nos últimos anos da civilização!

Recentemente fiz uma denúncia de que o cristianismo não está conseguindo mais firmar valores na sociedade porque se institucionalizou demais. Eu soube de uma declaração de soldado polônes ao Dr.Harold John Okenga, por ocasião da crise comunista crescente no leste europeu de um padre que dizia: “Existe na Polônia uma corrida entre o comunismo e o cristianismo. Aquele que conseguir transformar sua mensagem em uma chama de fogo ganhará”.

Eu poderia parafrasear essa afirmação reiterando que nossa sociedade trava uma batalha entre o cristianismo e o secularismo e vencerá quem mostrar mais a sua cara! Quem falar mais, impactar mais, chorar mais! Precisamos chorar mais por nossa sociedade de mini-cérebros... eu olho para nossos jovens, adolescentes e fico extasiado! Há muito vazio na mente e no coração de nossa gente! Precisamos daquilo que os puritanos chamavam de "dom de lágrimas".

Um artigo do pr. Julio Sanches foi dedicado ao tema do choro por nossas vidas e por nossa sociedade, no parágrafo final ele descreve o seu desabafo: "Não choramos mais ao ler e ouvir a palavra do Senhor (Ed 10.1). Aliás, a Bíblia é um livro obsoleto para muitos salvos. Não serve mais como direção para as decisões diárias. Os medicamentos de tarja preta substituíram a doçura da Bíblia. A sabedoria humana suplanta a singeleza da Palavra de Deus. As titulações acadêmicas substituíram o estudo e a meditação bíblica. Olhos secos não germinam terreno fértil à ação do Espírito do Senhor. Precisamos chorar. Lamentar a miséria que assola a humanidade nos dias atuais. Derramar lágrimas sinceras no altar do Senhor. Para consegui-lo precisamos voltar à Bíblia. Ela nos ensina a chorar."

Fico realmente chocado com a campanha pró menina da mini-saia! Definitivamente nossa sociedade é formada por pessoas de mini-cérebros que ao invés de preocuparem-se com questões de últimas necessidades para o nosso povo, legislam e executam seu poder em prol de situações que uma advertência já seria necessária. Cá para nós, expulsão da menina também já era uma radicalidade. O correto ao meu ver: uma advertência e um lembrete: em tempos de relativismo moral, universidades deveriam prezar pela ética e pela beleza, mas sem jamais perder a decência!