sexta-feira, 14 de maio de 2010

NA CRUZ DE CRISTO, MORREMOS!

Emocionado no meu espírito coloco aqui neste artigo alguns depoimentos riquíssimos do quanto a cruz de Cristo consistiu no "túmulo de nossas vaidades pessoais" e no enfrentamento corajoso de situações inimagináveis por amor ao evangelho genuinamente cristão. Costumo dizer que me envergonho diante de tais testemunhos e adora ao Senhor da minha vida por tê-los como participantes comigo do que resta das aflições de Jesus. Como que, num grande estádio, me vejo rodeado dessa tão grande "nuvem de testemunhas", conforme Hebreus 12.1. Seguem registros dessas histórias incríveis:

Tomem nota: segundo a tradição,

- Mateus sofreu martírio pela espada, na Etiópia.
- Marcos foi arrastado por um animal pelas ruas de Alexandria, até morrer.
- Lucas foi enforcado em uma oliveira, na Grécia.
- João levou um banho de óleo fervente, desterrado para a ilha de Patmos, depois morreu em Éfeso.
- Tiago, irmão de João, foi decapitado por ordem de Herodes, em Jerusalém.
- Tiago, o menor, foi lançado do templo abaixo, resistindo a queda, foi morto a pauladas.
- Filipe foi enforcado em Hierápolis, na Frigia.
- Bartolomeu foi esfolado por ordem de um rei bárbaro.
- Tomé foi amarrado à uma cruz e, ainda assim pregou o Evangelho até morrer.
- André foi atravessado por uma lança. Judas foi morto a flechadas.
- Simão, o Zelote, foi crucificado na Pérsia.
- Matias foi apedrejado e depois decapitado.
- Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, pois não se achava digno de morrer como o Mestre.
- Paulo, preso em Roma disse: “Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia”. Depois foi decapitado por ordem do Imperador.
- No ano de 64 dC, Nero o imperador, incendiou um bairro de Roma e pôs a culpa nos cristãos. Muitos foram martirizados: “Alguns foram vestidos de peles e despedaçados pelos cães; outros morreram numa cruz, ou nas chamas; ainda outros foram queimados depois do pôr do sol, para iluminar as trevas, como tochas”.

Destaco ainda relatos sobre os denominados "pais da Igreja", líderes evangelicos nos primeiros séculos da cristandade:

- Simão, irmão de Jesus, bispo de Jerusalém, foi crucificado em 107 dC.
- Inácio, bispo de Antioquia, foi lançado vivo às feras, em Roma, em 110 dC. Ambos por ordem do imperador Trajano.
- Policarpo, discípulo do apóstolo João, bispo de Esmirna, na perseguição ordenada pelo imperador Antonio, o Pio, foi preso e levado a presença do governador. Seria livre se amaldiçoasse a Cristo, ma s respondeu: “86 anos faz que só me tem feito bem. Como poderei eu agora, amaldiçoá-lo, sendo Ele meu Senhor e Salvador?”. Foi, então queimado vivo, em 156 dC.

É para irmos às lágrimas ou não? Que sigamos essas santas pegadas e não negociemos o evangelho por nenhum benefício político ou denominacional e marchemos resolutos em direção à nossa Cidade Celestial.

Estamos juntos?

domingo, 9 de maio de 2010

A OBEDIÊNCIA É A MÃE DA BENÇÃO!

“Filhos, o dever cristão de vocês é obedecer ao seu pai e à sua mãe, pois isso é certo. Como dizem as Escrituras: Respeite o seu pai e a sua mãe. E esse é o primeiro mandamento que tem uma promessa, a qual é: Faça isso a fim de que tudo corra bem para você, e você viva muito tempo na terra”. (Efésios 6.1-3)

A impressão que eu tenho às vezes é que algumas famílias são verdadeiros "ringues de batalha" onde vence quem usa de artifícios mais cruéis de dominação e de força. Falta amor, respeito e compreensão no seio familiar de algumas casas que já deixarem de ser à muito tempo "lares" (do latim "lare", lareira, lugar mais quente). Falta afetividade no ambiente familiar e como resultado desse quadro caótico temos cenas como a que vemos nos telejornais diariamente: a morte de jovens desgarrados de toda e qualquer referência do que seja a benção paterna. Não é a toa que existe um provérbio nórdico que diz que “a bênção dos pais funda a casa dos filhos”.

Temos de prestar atenção ao que o texto nos diz em uma versão mais conservadora: "Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, porque isso é justo". E isto implica em uma aliança que você mantém com o próprio Deus. Quando você desobedece aos seus pais, você rompe uma aliança com o próprio Deus. Porque você precisa ser obediente “no Senhor”. Ser obediente "no Senhor" é atender ao princípio de submissão espiritual à primeira autoridade estabelecida por Deus ao ser humano, a saber, ao seu pai e à sua mãe.

Fico a imaginar: quantos filhos e filhas fraudolosamente presenteiam suas mães neste domingo chuvoso enquanto mantém o seu coração distantes de toda a orientação familiar? Quantas mães desejariam menos rosas e presentes e mais obediência e honra! Aprenda que você só tem a ganhar sendo obediente. Tomás de Kempis, um monge alemão que viveu no sec. XV, disse em sua clássica obra “Imitação de Cristo”: “ninguém seguramente manda, senão o que perfeitamente aprendeu a obedecer”.

Deus é muito sábio, e nos colocou em um ambiente familiar para colocarmos as prioridades em dia na nossa vida. Na “honra” aos pais, nos preparamos para o conceito de honra aos outros e a nós mesmos. Quando penso em honra aos pais que desemboca em honra para com todos os outros humanos, me pego pensando na selvageria com que temos travados nossos relacionamentos. O mundo está se ‘idiotizando” e ‘animalizando-se”. Concordo com o falecido professor Paulo Freire que disse que “a grande força sobre que se alicerçar a nova rebeldia é a ética universal do ser humano e não a do mercado, insensível a todo reclamo das gentes e apenas aberta à gulodice do lucro.”

Mais o que temos visto hoje em dia é essa "animalização" dos filhos que só sabem viver em desarmonia e com um espírito de rebeldia que cresce à medida em que o pecado vai sendo alojado no coração dos jovenzinhos. Não se torna repetitivo lembrar que o pecado tem como essência a rebelião e foi isso que precipitou Lúcifer dos céus, transformando-o no Diabo, o nosso adversário, conforme nos prescreve o texto de Isaias 14.12-14.

Essa situação de rebeldia contínua no coração dos filhos desobedientes pode ser ilustrada na seguinte história: Em vilarejos distantes do Ártico, os nativos Inuit têm uma forma inusitada de atrair e matar lobos. Eles pegam uma faca de caça e a cobrem com sangue. Quando o sangue congela, colocam mais uma camada de sangue e assim sucessivamente. Depois e estar coberta por diversas camadas de sangue, a faca é fincada no chão com o cabo para baixo, deixando a ponta à mostra. Atraído pelo cheiro de sangue, o lobo encontra a faca e começa a lambê-la. O animal está obcecado pela idéia de comer sangue que não se dá conta de que a faca começa a cortar sua própria língua. O banquete é tão delicioso que ele não percebe que o sangue que está consumindo é o seu próprio. O lobo acaba morrendo, sangrando até a morte, sem jamais perceber que o instrumento que o levou à morte foi seu próprio desejo.