sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

VELHAS VERDADES EM UM NOVO ANO!

Quero neste artigo dar uma contribuição na valorização das Escrituras Sagradas para um novo ano. O nome "velhas verdades" eu tomo emprestado de Eduardo Mano, um adorador-cantor que preza em suas composições pelo rigor autoritativo da Bíblia. Na realidade "colo" algumas frases sobre a Bíblia e tomo esse artigo como uma despedida de 2011, e aproveito para me dar um "repouso sabático" de 30 dias para descanso e reflexão sobre desafios maiores que o Senhor me reserva em 2012.

Deixo aqui essas impressões, e reafirmo o meu compromisso de ser fiel não aos ditames de nosso tempo e muito menos às imposições do estado hodierno da igreja evangélica brasileira, em outras palavras, não tenho compromisso com homens, mas sim com Deus. Seguem as frases, e a reafirmação de minha postura de submissão ao texto bíblico:

O que já foi dito a respeito da Bíblia:

Isaac Newton (Físico e Matemático)

“Considero as escrituras Sagradas a filosofia mais sublime. ”

“Todas as descobertas humanas parecem ter sido feitas, com o único propósito de confirmar cada vez mais fortemente as verdades contidas nas Sagradas Escrituras.”

D. Pedro II (Imperador Brasileiro)

“ Eu amo a Bíblia. Eu a leio todos os dias, e quanto mais a leio mais a amo. Há alguns que não gostam da Bíblia. Eu não os entendo, não compreendo tais pessoas; mas eu a amo; amo a sua simplicidade, e amo as suas repetições e reiterações da verdade. Como disse: eu leio-a cotidianamente e gosto dela cada vez mais.”

George Washington (Presidente dos Estados Unidos)

“É impossível governar bem o mundo sem Deus e sem a Bíblia.”

Abraham Lincoln (Presidente dos Estados Unidos)

“ Creio que a Bíblia é o melhor presente que Deus já deu ao homem. Todo o bem da parte do Salvador do mundo, nos é transmitido mediante este livro.”

Napoleão Bonaparte (General Francês)

” O evangelho não é simplesmente um livro, mas uma força viva, um livro que sobrepuja a todos os outros. A alma jamais pode vaguear sem rumo se toma este livro por seu guia.”

“ A Bíblia não é um simples livro, senão uma criatura vivente dotada de uma força que vence a todos quantos se lhe opõem.”

Billy Graham (Pregador do evangelho)

“ A Bíblia é mais atual do que o jornal que irá circular amanhã.”

Goethe (Escritor e poeta alemão)

“ Se estivesse a ser posto em prisão e pudesse levar um livro, somente escolheria a Bíblia.”

Immanuel Kant (Filósofo alemão)

“ A existência da Bíblia, como livro para o povo, é o maior beneficio que a raça humana já experimentou. Todo o esforço para depreciá-la é um crime contra a humanidade.”

C. H. Spurgeon (Pregador britanico)

“A Bíblia, toda a Bíblia e nada mais do que a Bíblia, é a religião da Igreja de Cristo.”

Bettex

“ A Bíblia é o livro que responde às perguntas de uma criança e resiste à sabedoria dos sábios.”

W. H. Seward (Governador de Nova York)

“ Toda esperança do progresso humano depende da influência sempre crescente da Bíblia.”

John Q. Adams (Diplomata americano)

“ Há muitos anos que adoto o costume de ler a Bíblia toda, uma vez por ano.”

Raymond L. Cox (Evangelista internacional)

“ A Bíblia irá lhe dar vida se a ler! Muitos que começaram a lê-la criticamente, renderam-se ao poder sagrado e substituíram o ceticismo pela fé.”

Robert Lee (General americano)

“ Em todas as minhas angústias e perplexidades a Bíblia nunca deixou de me fornecer luz e vigor.”

Lord Tennyson (Poeta inglês)

“ A leitura da Bíblia já de si é uma educação.”

Sônia M. Coelho (uma leitora da Bíblia)

“ Quem já concluiu a leitura da Bíblia, passou pela mais esplêndida universidade e conheceu o mais capacitado professor: Deus.”

Anônimo

“ A Bíblia é Deus falando ao homem; é Deus falando através do homem; é Deus falando como homem; é Deus falando em prol do homem; enfim, é sempre Deus falando.”

A PREGAÇÃO BÍBLICA ESTÁ MORRENDO!


"No fim dos tempos, o Senhor não julgará a igreja pela qualidade de sua música, e sim pela fidelidade de sua pregação". (R. Albert Mohler, Jr.)

Quando escrevi sobre o festival "Promessas" da Globo um leitor do blog disse que já participou de cultos em nossa igreja aqui em Angra e viu que cantamos músicas de Fernandinho, Eyshilla, Apascentar, dentre outras, e que não entendia a minha crítica ao momento da música evangélica brasileira por conta disso. Eu explico agora:   primeiramente eu não tenho nada contra a individualidade desses artistas, alguns deles são de fato excelentes naquilo que fazem, e já tive inclusive contatos mais próximos com alguns deles, e também em segundo plano não questiono que algumas de suas letras são edificantes e avivalistas. Em suma, cantamos aqui na IBACEN não o que o povo quer, mas sim o que for bíblico! Se é bíblico não importa quem escreveu, e muito menos quem canta!

Agora, quanto à fidelidade na pregação da Palavra de Deus, ai me parece que devemos levar bem a sério essa problemática. Eu anunciei com o meu título que a pregação bíblica está agonizando em muitos púlpitos. E, faço essa afirmação com base em relatos de meus alunos de seminário, contatos amigos do Brasil inteiro e também por observação pessoal. Alguns pastores estão partindo das chamadas "necessidades humanas" e indo para o texto bíblico como um supersticioso vai ao seu guru em busca de uma resposta instantânea para a solução de seus problemas. Em outras palavras a Bíblia deixou de ser a referência na busca de mensagens para o povo, para ser apenas aquela que oferece uma cartilha para uma boa vida supersticioso!

Nada poderia ser menos lamentável do que um pastor que sobe ao púlpito de sua igreja citando vários autores ligados à psicologia barata (e mesmo se fosse cara!), sem saber com apropriado entendimento qual a ideia central do seu texto! São pregadores de si mesmos, de seus achismos e de suas manias pessoais! E, como resultado temos rebanhos inteiros formados por homens que não sabem aplicar as verdades bíblicas no seu cotidiano. A dormência do espírito profético nos púlpitos faz com que em muitas das nossas congregações não aja mais um senso de reverência quando a Bíblia é exposta, e sabe por que? Perdeu-se a autoridade!

Ontem mesmo eu compartilhava em nossa igreja sobre Pérgamo, a igreja que amava o mundo, em uma Exposição de Apocalipse 2.12-17 e em dado momento eu falei sobre o perigo do mundanismo. Pensei a partir da definição de "mundanismo" que é explanada por John MacArthur: "é o pecado de permitir que os apetites, as ambições ou a conduta de alguém sejam moldados de acordo com os valores do mundo."

Pense comigo: quando as necessidades humanas e não a Palavra de Deus é a base de nossas mensagens à igreja, o que ouviremos dos púlpitos a não ser expressões egoísticas em discursos de auto-ajuda, neo- psicologia e arroubos de misticismos e historietas para afagar o ego das pessoas? E eu fico triste porque as pessoas estão famintas da presença de Deus, e da sua glória que deve ser superenfatizada em mensagens de poder, mas quando saem dos templos, voltam para seus lares, pigmeus em conhecimento!

Termino com uma frase adaptada de Michael Green: "sermõezinhos formam cristãozinhos"! Que Deus tenha misericórdia dos púlpitos de nosso país!

Tenho dito.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O NOVO ANO PROMETE!

Quero dedicar esse texto aos meus leitores, que me tem acompanhado em todo o ano de 2011. Em meus textos procuro sempre mencionar um apreço que tenho pela eternidade. Parto sempre do pressuposto que a nossa existencia aqui é apenas uma sombra do que viveremos no tempo "oportuno", de Deus. Dai então embaço minha última observação no blog nesse ano, com temor e tremor, na expectativa de que sua vida venha ser tocada pelo nosso Deus, soberano e imortal!


“E muitos do que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”. (Daniel 12.2)

Tenho para mim que o novo ano promete naquilo que você se compromete! Pode parecer uma frase pronta, mas vem de uma reflexão que há tempos venho fazendo da qualidade dos nossos crentes! Sei que vivemos em um tempo cheio de possibilidades e carências adoecidas de cristãos que insistem em viver um evangelho de “shows globais” ao invés de vivenciar o evangelho da cruz, com suas renuncias de direitos pessoais!

Vejo também nesse tempo um endeusamento do eu, onde homens e mulheres se prestam ao orgulho e se veem pressionados pelo ativismo a serem quem não são e a demonstrarem crer no que não creem, tudo para ganhar o louvor da maioria emburrecida do meio evangélico que parece estar muito à vontade aqui na terra para suspirar pelo céu!

Lembro-me de uma frase de C.S. Lewis sobre nossa expectativa em relação ao céu: "Na atualidade somos muito relutantes em querer mencionar o céu. Tememos ser zombados por causa da "cidade celestial" e que nos digam que em vez de cumprir com o dever de construirmos um mundo feliz aqui e agora, estamos nos "evadindo" na fantasia de um mundo feliz em alguma outra parte. Mas, ou existe uma "cidade celestial", ou não existe. Se não existe, o cristianismo é falso. Pois essa doutrina está entretecida em toda a sua urdidura (seu quadro tecido)".

Interessantíssimo! Temos de viver 2012 com os olhos na eternidade. Antevendo a glória do Cordeiro com face de leão! Crendo que o Senhor tem nos chamado enquanto igreja a sermos militantes, briosos e sobretudo, relevantes em nosso contexto de fé! Não há lugar para covardes no Reino de Deus! Aqueles que não estão dispostos ao sacrifício dos prêmios (e das “promessas”) do mundo em prol dos valores preciosos da vida eterna nunca conseguirão ser bem sucedidos no cumprimento do chamado que como crentes, temos em Cristo Jesus!

Desejo, do fundo do meu coração, um novo ano cheio de desafios e que, Jesus, o nosso Emanuel venha lhe presentear (isso mesmo, ele é o único aniversariante que se encanta em dar presentes em seu aniversário!) com favores incríveis para você investir grandemente na obra missionária que nossa igreja não vai perder de vista!

Estamos juntos?

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A TRISTEZA DE SER ANTI-NATAL

Vem crescendo no meio evangélico brasileiro um movimento que eu chamo de "anti-Natal". São os que tem pavor dessa época do ano! Alguns chegam até a gaguejar na hora da entrega do presente: "oooolhhaa....não é de Naaatallll, nããão..."! São muitos os que se enveredam por um misticismo típico de meninos-teólogos: são os famosos textos em que eles defendem que a árvore de Natal já teve uma alusão nas Escrituras em textos referindo-se à "árvores sagradas", e isso toma um ar de intelectualidade bíblica que, assombra aos que são neófitos. Veja por exemplo o que colhi num desses sites de estudos tupiniquins, e deixo aqui na formatação que encontrei em http://estudosbiblicos.spaceblog.com.br/235174/10-MOTIVOS-PARA-NAO-CELEBRAR-O-NATAL/:

Árvore de Natal – é um ponto de contato que os demônios gostam. No ocultismo oriental os espíritos são invocados por meio de uma árvore. De acordo com a enciclopédia Barsa, a árvore de natal é de origem germânica, datando o  tempo de São Bonifácio, foi adotada para substituir o sacrifício do carvalho de ODIM, adorando-se uma árvore em homenagem ao Deus menino. Leia a bíblia e confira em Jeremias 10:3,4; I Reis 14:22,23; Deuteronômio 12:2,3; II Reis 17:9,10; Isaías 57:4,5; Deuteronômio 16:21 e Oséias 4:13.


Trata-se de um absurdo chamar esse comentário acima como algo sério do ponto de vista teológico. Se não vejamos:

- Não me parece que os demônios tenham predileção em relação às árvores. E, mesmo que tivessem um princípio que precisa ser considerado básico em nossa análise é que o Senhor fez questão de criar um jardim no inicio de sua criação e colocar nele o homem, sua obra prima como seu cultivador por excelência. E como se pode inferir por lógica, nesse jardim havia diversas árvores, senão vejamos o que se encontra registrado no "livro dos começos":


Gênesis 2:9
9 - E o SENHOR Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal.

Importante se destacar nesse texto que foi o Senhor quem criou as duas árvores! Logo, não existe base para um maniqueísmo (bem x mal) nessa história de árvores sagradas e outras em homenagem à entidades demoníacas. Tudo é de Deus! Nada é do Diabo!

Todos os textos que se referem às árvores sagradas citadas pelo texto acima anti-Natal falam do uso da criação divina como instrumentos claros de idolatria, e isso é bem próprio do ser humano! Mas, não me parece que há evidências para se crer que por ocasião do Natal haja algum tipo de "culto à árvore", e sim um elemento artisticamente belo que serve para embelezar nossos lares e igrejas com uma imagem, cuja origem remonta-se a Lutero, que em um passeio em pleno inverno, por ocasião do Natal viu o efeito que o clarão das estrelas produzia às voltas de um pinheiro, daí então ele se viu no desafio de reproduzir essa percepção ótica em sua própria casa. Daí então, a tradição remonta que sua árvore por ocasião do Natal lhe serviu de um enfeite precioso, que deve ter lhe feito inclusive pensar e refletir ainda mais na beleza de Cristo em sua simplicidade e ternura!

Por favor, parem de inventar modas e tradições com ares de um zelo emburrecido por versos considerados fora de seus contextos, tudo para achincalhar essa época tão alegre! Tenho para mim, que para esses, cabe perfeitamente o dito por Tereza Teresa de Ávila que em um dia, fez um dia uma oração curiosa: "Poupa-nos, Senhor, de tolas devoções e de santos com cara amarrada"


Tenham todos um feliz Natal, com árvore ou sem árvore de Natal! Mas, não se esquecem da beleza alegre do Cordeiro com face de Leão: JESUS!


 

sábado, 10 de dezembro de 2011

GLOBO GOSPEL: NADA A VER!

"Jacó deu a Esaú pão e o guisado de lentilhas; e ele comeu e bebe; e,em levantando-se, seguiu seu caminho. Assim desprezou Esaú o seu direito de primogenitura". (Genesis 25.34)

A história você já conhece: Esaú chega cansado de uma caçada improdutiva e logo, esfomeado põe-se a negociar com o seu arguto irmão para ganhar um prato de guisado (carne vermelha). Astutamente, Jacó honra o seu nome e "suplanta" o seu irmão, passando para tras com uma conversa afiada de maldades, em uma proposta sedutora: Esaú abriria mão do direito de receber a benção de "irmão mais velho", e em troca seu desejo por uma alimentação faustosa seria realizado! Isso é que é uma ideia tabajara: acabaram seus problemas! A benção por um prato de carne! Fazemos qualquer negócio!

O resultado você já pode esperar: em se aproximando da morte do pai dos irmãos negociantes, Isaque, Jacó toma o seu direito adquirido pela sórdida transação e recebe a benção tão sonhada e forjada no calor da canalhice! Esaú fica contrariado, aborrecido, mas sem muito o que fazer! Perdeu a benção por um prato de guisado!

Parece-me que essa história pode ser aplicada em meio à aproximação da Rede Globo com o público evangélico. Eu leio no "Maré Gospel" dessa semana, um caderno evangélico em um dos jornais de nossa cidade, uma reportagem de uma página sobre o famigerado "Festival Promessas", e em meio ao tom da reportagem, citando a participação de crentes de nossa cidade no evento, uma declaração chama-me a atenção, justamente de um dos diretores da "Venus Platinada": "Não podemos de maneira nenhuma ignorar as expressões da cultura do nosso povo. E a música evangélica é um dos fenômenos dessa imensa força que se expande sem cessar".

Ficou patente nessa declaração uma constatação óbvia: a música evangélica deixou de servir ao Evangelho para servir à cultura do nosso povo! Martinho Lutero tinha a consciência de que a música é serva da Palavra, mas o que vemos hoje é a música servindo-se a si mesma! Há algum tempo comentei de que a pressão por composições "vendáveis" tem feito cantores consagrados por belas letras submetendo-se a produzir músicas "fast food", de consumo rápido, indolor e sem sabor. Nossas igrejas estão sujeitando-se (a contragosto, mas sem alternativas) a um estilo de músico pastoso, sem vislumbres de eternidade! Isso porque os mais renomados artistas gospeis não tem tempo de produzir algo com conteúdo, e quando produzem não tem mais público para consumir música com qualidade. O que se vende é o descartável: letras com fogo (para vender a pentecostais) e sobre conquista (para vender a neo-pentecostais).

O que a Globo se propõe a fazer com esse Festival, que vai ao ar próximo do Natal para delírio de evangélicos que pensam estar fazendo história, e não deixam de estar mesmo, pois estão participando do tempo em que a igreja está trocando a benção do Pai (santidade) por um prato de guisado (um evento televisivo). Eu já convivi com determinados figurões da música evangélica, e até mesmo recentemente tive o desprazer de relacionar-me com alguém... e posso dizer que termos como "ministério", "sacrifício", "renúncia", "amor"... olha, nos lábios de muitos deles são apenas palavras, meros vocábulos, o que lhes interessa é o retorno financeiro com suas medíocres canções!

É fato que estamos vivendo o tempo do evangelho maquiado, adornado para agradar a platéia! A denúncia de C. H. Spurgeon em seu tempo ainda vale: "A igreja abandonou a pregação ousada, como a dos puritanos; em seguida, ela gradualmente amenizou seu testemunho; depois, passou a aceitar e justificar as frivolidades que estavam em voga no mundo, e no passo seguinte, começou a tolerá-las em suas fronteiras; agora, a igreja as adotou sob o pretexto de ganhar as multidões."

Vejo lideres interessados em faturar notoriedade, e sob o pretexto de celebrar ao Senhor, vendem seus ministérios a articulados diretores, que eles sim estão conscientes da realidade envolvida: trata-se apenas de uma exibição cultural, nada mais, nada menos! Vergonha! É a palavra que me vêm a mente! Para celebrar o "Dia da Bíblia" em nossa cidade não nos unimos! Para participar do prato de guisado da Globo consegue-se arregimentar um grupo significativo! Vergonha! Eu tenho vergonha!

É o que eu penso.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

FERIDOS NA BATALHA! RECOMENDO!

Acabei de ler o livro "Feridos na Batalha" do meu amigo, pr. Renato Vargens. O livro é escrito com alma pastoral e coração tremendamente preocupado com os des-caminhos da igreja evangélica no Brasil. Fica muito patente aos olhos a percepção do autor, que eu compartilho igualmente preocupado, do surgimento de uma classe perigosa de líderes, que tem sido alçados à posição de "gurus" que não admitem serem questionados. Eu tenho de lidar vez por outra com homens assim! Melindrosos, receosos quanto à defesa de suas autoridades, e quando se sentem ameaçados em suas pretensões, eles são tirânicos no modo como usam as palavras e cá pra nós, eles se fecham às explicações dos outros. São eles que se bastam a si mesmos!

O livro do pr. Renato vem preencher uma lacuna em nossa reflexão pastoral neste tempo de apóstolos e mega-pastores: o que fazer diante do perfil humanista (no melhor sentido dessa palavra, a uso no corte de "próprio do que é ser humano") do pastor na perspectiva bíblica em relação aos contextos eclesiásticos que convivemos onde o regime de administração gerencial roubou-nos a simplicidade da igreja enquanto "comunidade"?

Em resposta a essa pergunta, encontrei no livro, alguns insights que estarão agora fazendo parte de meus pensamentos em busca de um paradigma, um modelo referencial do que vem a ser um pastor nesse tempo onde os "coronéis da fé" saem brigando uns com os outros, utilizando-se de xingamentos que deveriam ser impronunciáveis nos lábios de um mensageiro de Deus! Recentemente um obreiro disse a um grupo em reunião: "eu dou ao povo o que ele quer, para depois ele me dar o que eu quero!". É a ética do "vendilhão do templo" travestido de pastor evangélico! É pura soberba de quem está de olho na lã da ovelha e não de cuidar do rebanho que o Senhor Jesus lhe confiou!

Muitos são feridos por pastores que, em nome de um discipulado cego manipulam suas vidas em sacrifício de suas convicções pessoais! Há obreiros que tentam à moda do "rolo compressor" incentivarem seus liderados a trabalharem em eventos evangélicos (leiam-se "comerciais") com  o dinheiro público, como se o público fosse privado e o privado público. São verdadeiros enganadores, que não confiam unicamente na provisão do Senhor para as receitas (algumas delas de motivações justas) de suas igrejas!

Outros são feridos quando têm seus questionamentos e dúvidas feitas no privado do gabinete pastoral expostos no púlpito, como "exemplos" e ilustrações pessoais danosas, pois, sem autorização do confidente, tais pastores são covardes, pois falam no púlpito o que não têm coragem de verbalizar em outros contextos! O resultado é gente ferida, doente, magoada demais para voltar à igreja e a ter no pastor um modelo de homem confiável!

Mas, existe o outro lado! E o pr. Renato também comenta nessa direção: há igrejas que trituram seus pastores! Conheço histórias de pastores que penam nas mãos de conselhos e diretorias sanguinárias que, por não estarem dispostos ao confrontamento bíblico, silenciam seus pastores, inclusive vedando-lhes o salário (que já não é tão grande assim...) mensal! São diáconos, presbíteros e membros de famílias importantes da igreja que não gostam de se sentirem ameaçados em uma Exposição fiel do verdadeiro Evangelho, acostumados que estão a mandar e a não serem importunados em seus "pecados preferidos".

Igrejas que maltratam seus pastores são discípulas de Demas, aquele abandonou a Paulo, "tendo amado o mundo presente", II Timóteo 4.10. Interessante que no original temos "aion", que vem a ser "o mundo presente, com as suas preocupações, tentações e desejos". Tem muitos lideres de igrejas no Brasil afora preocupados apenas com os seus ganhos e status pessoais, e bem pouco interessados na promoção do Reino de Deus e o avanço da obra missionária! São verdadeiros lobos travestidos de ovelhas! Gente má!

Mas, por fim, o livro do pr. Renato, que recomendo fortemente tem um tom positivo. No final  o autor lança algumas soluções que podem ser sintetizadas em uma frase: "olhe para Jesus!". O coração do homem não pode ser um arsenal de ressentimentos! O perdão é uma declaração de guerra ao conflito interior que já está instaurado na alma humana. É como se fosse uma bandeira branca desfraldada indicando que a paz finalmente precisa entrar na guerra!

Desejo muito que esse livro (que pode ser adquirido pelo site www.renatovargens.com.br) seja para o Brasil a definição de um tempo onde torturados e torturadores possam se encontrar! E creio que o alvo, o fim mesmo disso tudo seja uma reconciliação com requintes de super-abundante-graça, onde o Senhor Jesus finalmente ministrará um tempo de bonança em sua igreja com feridos e algozes celebrando juntos a Ceia do Senhor, numa simbiose que fará surgir uma nova espécie na igreja: os saudáveis!

Que eu veja esse tempo na igreja do Senhor Jesus!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

EU, UM SERVO?

O artista Leonardo da Vinci pintou o belo quadro da última ceia. Enquanto o pintava, procurava por pessoas que pudessem ser os modelos. Ele desejava um rosto belo e pura face para representar Jesus, e outro rosto ímpio e pecador para pintar Judas.

Afinal o artista encontrou um jovem com rosto belo e puro. Era Pietro Bandinelli, cantor de coro sacro. Passaram-se anos e o grande quadro ainda não estava terminado, pois o artista não conseguia encontrar um rosto que pudesse representar Judas.

Ele pensou: "Preciso encontrar um homem de coração mau, cuja fisionomia mostre o mal em sua vida". Um dia, nas ruas de Roma, viu um mendigo de fisionomia má e horrenda. O mendigo concordou em posar para o retrato de Judas. Logo o pintor pôde completar a face do traidor. Ao terminar o trabalho, e pagar o mendigo, o artista perguntou o seu nome. "Pietro Bandinelli", respondeu o mendigo. E acrescentou: "Eu posei também para o modelo de Jesus Cristo."

Parece-me que a cada dia o meio evangélico vem sendo acometido de uma forte tendência ao culto ao personalismo. E, com isso essa historieta contada acima passa a servir de uma séria advertência em relação ao nosso orgulho de nos sentirmos melhores do que os outros, por nós considerados menos afortunados espiritualmente. É muito comum encontrarmos discussões "para mais de metro" quando tratam-se de assuntos que deveriam ser citados sempre com muito temor no coração e paz nos lábios. Não posso me esquecer jamais do li de Francis Frangipane, quando ele disse que é necessário que tenhamos a mesma reverência quando falamos de nosso irmão da que temos em nossas orações a Deus! Isso é muito sério! Hoje podemos posar de Jesus, e amanhã podemos posar de Judas, isso pode acontecer em fração de segundos até. Hoje santos, amanhã perversos!

Essa nossa mundanidade precisa ser levada em consideração no nosso conceito de santidade. Pois Cristo é a essência de nossa vida pura diante de Deus e não os valores e exigências de nossa legalista forma de enxergar o cristianismo. Deixa eu trocar em miúdos esse pensamento: algumas pessoas são excelentes em 'performances santarrônicas" (neo-logismo), em exibições de santidade, em expressões puramente emocionais e porque não dizer carnais da fé! Não se muda nada, não se quebranta o coração, apenas exibi-se a imagem de um crente muito quebrantado e dedicado às coisas de Deus, mas depois que termina o show, e o picadeiro se transforma na própria vida, ai começa-se à desconstrução do personagem, e o palhaço exibicionista de grandes visões e revelações do Senhor fica às voltas com uma existência mecânica e apagada!

Toda essa polêmica sobre "cair no Espírito" reflete isso! Ora, do que adianta "cair no Espírito", se a Bíblia recomenda-nos a "andar no Espírito". Repare no que temos em Gálatas 5.16: "Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne". É muito claro que Deus deseja muito mais um povo que anda com ele, e "andar" aqui implica em amoldar a vida de acordo com os padrões do Espírito Santo de Deus, do que um povo que cai em showzinhos pirotécnicos onde o ser humano age como um "bobo da corte" que recebe justamente para fazerem outros rirem. E é verdade que junto com o "cair no Espírito" vem o "riso santo" e outras chocarrices.

Mas, e a pergunta que não quer calar é: Eu, um servo? E a resposta tem de ser, inexoravelmente, "sim". Porque você nasceu para servir e não para ser servido! Suas emoções precisam estar todas elas  rendidas ao Senhor em um culto vibrante e sincero, e fuja de grupos religiosos que tentam fazer de você atrações de um culto ao orgulho e ao sectarismo. Abaixo aos que tentam domesticar as vibrações espontâneas de nosso culto ao Senhor!

Tenho dito.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

PESO ETERNO DE GLÓRIA!

"Toda a igreja cristã que não ensina aos seus membros a principal ciência da religião, a sofrimentologia, não está cumprindo o seu dever. Imponha a mortificação a si mesmo. Aprenda a sofrer e a não ceder. Pode chegar o tempo em que você poderá precisar deste conhecimento". (Richard Wurmbrand)

Quem escreveu essas linhas acima sabia do que estava dizendo, pois esse homem amava ao Senhor Jesus que pagou um alto preço pela sua ousadia em pregar o Evangelho na antiga Romênia, ainda sob o impacto do comunismo. Ele foi pastor luterano, que ficou mundialmente conhecido por passar 14 anos em campos de concentração em seu país, por causa de sua fé. Ele foi torturado por conta de sua obstinação em viver de fé em fé. Um exemplo para o nosso relaxado cristianismo!

Há algo na expressão de nosso cristianismo que me perturba, e é justamente a facilidade com que nos sentimos "vítimas" diante de situações espinhosas no nosso cotidiano. Deduzo que seja por conta da mensagem de um evangelho que não suporta provocações do Diabo ou ainda fragilidades de nossa própria natureza humana. Parece-me que o "vencer a qualquer preço" tem sido a filosofia de muitos dos nossos crentes hodiernos. E, como resultado temos crentes com uma fé que visa apenas o seu umbigo e a sua realização pessoal. Tenho sérias dúvidas que Deus está interessado em nossa alto estima! Tenho para mim que o propósito do Senhor é justamente nos desmamar de nossa auto-suficiência, e por meio das provas a que somos submetidos, provocar em nós um santo contentamento.

Esse "santo contentamento" não seria uma postura de "capachão" do tipo, "pode bater que eu gosto!", absolutamente, eu falo desse princípio como sendo algo espelhado na própria experiência do apóstolo Paulo: "Sei passar falta, e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter abundância, como em padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece", Filipenses 4.12,13.

Temos de entender o sofrimento como sendo uma prova para o Senhor aferir nossa alma e nossa persistência espiritual. Uma vez, aprovados nesse teste de fidelidade, passamos a adentrar esferas mais sublimes de nossa experiência com o Senhor, como pode ser visto nas biografias de missionários que aprenderam à base de duras penas a dependerem unicamente no Senhor!

Isso me faz lembrar o excelente livro de John Piper, "completando as aflições de Cristo", da Shedd Publicações em que ele cita o exemplo de Adoniram Judson que depois de observar que uma grande proporção dos que saiam em missão para o Oriente morriam em cinco anos, disse: "Por isso, caminhe suavemente, a morte espreita de perto os seus passos!".

Essa é a melhor forma de viver, tendo a consciência de que a morte espreita nossos passos! Somos pessoas caminhando na direção da morte, por conta disso, não temos de viver brigando uns com os outros por posição ministerial ou por notoriedade, vamos para o mesmo lugar, independente de sermos ricos ou pobres! A morte está no nosso pé! A vida é passageira! Celebremos pois cada segundo como se fosse o nosso último!

Tenho dito. E morrerei um dia! Ela (a morte) está aqui do meu lado!

PS. Apesar do tom aparentemente sombrio de meu artigo, quero homenagear os membros fundadores da nossa igreja, IBACEN, que completa 19 anos nesse fim de semana. Refiro-me aos fundadores que ainda estão conosco, membros servos dessa igreja encantadora! Que vivamos o presente tempo, certos de que nossa contribuição será eterna! Parabéns IBACEN!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

ADORADORES SERVOS!


Não tenho dúvidas de que a adoração é o tema central do livro de Apocalipse. Adolf Poth vai dizer o seguinte em seu comentário: "Neste escrito, cuja extensão perfaz aproximadamente a décima quarta parte do Novo Testamento, a palavra "adorar" ocorre nada menos do que 24 vezes, enquanto em todo o resto do Novo Testamento aparece apenas mais 35 vezes. Termos do mesmo grupo semântico, como "glorificar", "agradecer", "louvar", "dar honras", "receber honra", "servir a Deus", "clamar a Deus" e, no mais, a grande quantidade de hinos e orações reforçam a impressão de que o objetivo do livro é a adoração."

Pelo que eu já tenho visto nesse inicio de leituras mais profundas nesse livro que estou expondo em nossa igreja o que temos nas páginas sagradas dessa literatura tão especial não é meramente um guia litúrgico para incrementar os nossos cultos, mas a expressão viva de alguém que viu o céu aberto, que experienciou um encontr com o próprio Jesus!

Quando reflito sobre essa questão, não posso absolutamente, deixar de tecer criticas sérias ao modo como percebo na igreja o trato com tão pouco caso do "Dia do Senhor" e em relação ao compromisso com a igreja e o culto em geral. Tem muitos irmãos hoje em dia que mereciam, sem dúvida ouvir a denúncia de Spurgeon, já no século XIX, em que ele dizia: "Não é verdade que o Dia do Senhor está se tornando, cada vez mais, um dia de recreação e de ociosidade; e a Casa do Senhor, um templo pagão cheio de ídolos ou um clube social onde existe mais entusiasmo por divertimento do que o zelo de Deus? Ai de mim. Os limites estão destruídos, e as paredes, arrasadas: e para muitas pessoas não existe igreja nenhuma, exceto aquela que é uma parte do mundo; e nenhum Deus, exceto aquela força desconhecida por meio da qual operam as forças da natureza."

É fato que, por fugirem do verdadeiro Deus, vemos crentes adorando um deus que é feito à própria imagem e semelhança de suas carnalidades e invencionices humanas! Eu tenho ficado cada vez mais decepcionado com a chamada "classe artistica" de nosso meio evangélico. As experiências que tive com cantores, cantoras e grupos dos mais diversos segmentos do mundo gospel, todas elas foram horrivelmente pesarosas! Tratam-se de meninos mimados, que, mesmo recebendo fartos honorários, ainda assim reclamam do melhor que a igreja consegue em termos de som e estrutura, e o último que convivi, ainda soltou xingamentos e chutes em caixa de som e tudo! Pasmem! Que tipo de Deus essa gente adora? Só posso lhes garantir que não é o Deus da Bíblia!

Fico enojado em considerar que nossos cultos ao Senhor muitas vezes são exibicionices de nossa própria performance e o tempo que passamos na igreja deixa de ser uma expressão de um "sacrificio vivo, santo e agradável", conforme Romanos 12.1 para se tornar arrogamente um tempo de exposição de um cantar bonito, uma exibição apoteótica nos instrumentos e o desejo de aplausos para si mesmos! A adoração passa a ser carnalidade quando deixa de honrar a Deus, e sim ao adorador! Eu tenho de tomar cuidado com generalizações, mas eu tenho para mim que quando o ministério de música se tornou independente do "ministério da Palavra", e as igrejas passaram a considerar os músicos de "levitas", a coisa toda desandou! Pois, os "tocadores" e "cantores" se colocaram ao mesmo nível dos "pastores e mestres" e nessa perversão hoje em dia, é preciso lembrar que todos são efetivamente servos, apenas isso, "servos"!

Warren Wiersbe, acerca do livro de Apocalípse diz que "deve-se abordar este livro como admiradores e adoradores, não apenas como estudiosos acadêmicos". E, eu indo além desse pensamento digo que como eu vejo que o Apocalípse é o "grand finale", o climax de toda a Revelação Bíblica, pois se propõe ser o descortinamento da pessoa e obra do Senhor Jesus à sua igreja, em consequência desse entendimento só consegue compreender as Escrituras Sagradas aqueles que tem o avental do serviço. Não se pode propor a interpretação das Escrituras aos pastores e líderes que antes não tem assento definitivo nas cadeiras da submissão e do quebrantamento. Somente os "puros de coração é que verão a Deus", conforme Mateus 5, logo os orgulhosos pedantes que se bastam a si mesmos em muito breve receberão a devida recompensa pelos seus feitos: o castigo eterno no inferno, no fogo que queimará suas vaidades pessoais!

Posso terminar dizendo que odeio os cantores e cantoras gospeis com seus grupos de músicos-artistas que, por não conhecerem suficientemente as Escrituras são mestres do entretenimento e do "show busines", uma vez que não entendem e nem aceitam o que vem a ser o serviço cristão desinteressado. Há excessões nesse meio, mas elas são na realidade para se confirmar a regra de que: há muita gente perversa cantando em nome de Deus nas nossas igrejas e eventos!

Eu já dei um "basta" nisso!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

TEATRO EVANGÉLICO: APRECIE COM MODERAÇÃO!

"Não é a minha palavra como fogo, diz o Senhor, e como um martelo que esmiúça a pedra?" (Jeremias 23.29)

Em meio ao grande evento que promove o Teatro em nossa cidade, venho tecer algumas considerações sobre o uso dessa arte na proclamação do Evangelho do Senhor Jesus, e me porto como alguém que admira a boa interpretação cênica, mas ao mesmo tempo questiona se o meio artístico é de fato um ambiente onde a mensagem salvadora penetra sem quaisquer ruídos ou modificações causados pela performance humana.

Trocando em miúdos, a dramatização em uma peça (e posso pensar aqui na já tão falado no meio evangelico em nossa cidade, "o jardim do inimigo", mas poderia citar outras peças, entre boas e ruins) é a expressão de uma mentira, que visa apenas a representação de personagens fictícios, com uma e outra lição de moral nas falas, mas que quase sempre não refletem necessariamente o estilo de vida do intérprete. São muitos os artistas que, depois de muitos anos representando papéis tão diferentes entre si, acabam em choque em sua própria personalidade, corroborando para uma vida infeliz e dramaticamente amargurada. Basta uma olhadela sincera nas biografias dos grandes atores e atrizes do cinema, do teatro e das telenovelas para chegarmos a essa triste conclusão: eles representam tanto serem quem não são que se esquecem de quem são!

Em meio a essa "mentira existencial" não são poucos os artistas que, podem até comunicar valores de Deus em uma peça ou drama, mas tudo no nível técnico, nada ainda que representa uma mudança de convicções, por isso é que são muitos (não gostaria de ser genérico, mas tenho de usar de sinceridade) os componentes de nossos ministérios de teatro e dança que se afastam dos caminhos do Senhor e se tornam, levianos e muitas vezes devasos em seus comportamentos e posturas. Em outras palavras, eles se tornam piores do que os impios em suas impiedades!

Mas e ai? É conveniente usar de peças de teatro para evangelização? Eu responderia: "Sim e Não!".

* "Sim" se os textos das peças forem transcrições de versos bíblicos, sem invencionices gospéis e bizarrices como o Diabo dando conselhos á igreja do Senhor Jesus;

* "Sim" se os atores e atrizes estiverem cheios de Deus e em obediência à direção do líder da igreja, e não ensimesmados para terem suas apresentações recebidas com calorosos aplausos da pláteia;

* "Sim" se o roteiro da peça não for provocativo demais, apelando para a sensualidade das moças para ganhar a atenção dos marmanjões cheios de hormônios sentados nos bancos das igrejas ou das praças;

* "Sim" se a peça for um meio e não um fim para a mensagem do Evangelho, isso posto de forma prática: toda peça deveria terminar com um tempo de aplicação da verdade por um pregador (ou pregadora) com conteúdo para apresentar Jesus aos pecadores;

* E, por fim "sim" se a motivação da companhia não for meramente entreter o povo, mas sim gloficar a Deus, tocando nos corações das pessoas com a verdade de Jesus e não do autor da peça.

Agora, vamos ao "não".

* "Não" se deve usar o teatro quando os atores e atrizes não são convertidos, estão entre nós, mas no primeiro desapontamento acabam se afastando e participando de peças seculares, ambientes próprios de convivência homossexual inclusive;

* "Não" se a representação de papéis como "demônios" e o próprio "diabo" for por demais exagerada, ganhando destaque nas peças em detrimento de Jesus e toda a sua realeza;

* "Não" se a peça for o programa principal de um evento, pois sem proclamação formal das Escrituras não há culto  ao Senhor, meramente um encontro de vaidades pesssoais;

* "Não" se não for ouvida a admoestação de Charles Spurgeon, pregador inglês do séc. XIX:

"A missão de entretenimento falha em realizar os fins desejados. Ela produz destruição entre os novos convertidos. Permita que os negligentes e escarnecedores, que agradecem a Deus pela Igreja os terem encontrado no meio do caminho, falem e testifiquem. Permita que os oprimidos que encontraram paz através de um concerto musical não silenciem! Permita que o bêbado para quem o entretenimento dramático foi um elo no processo de conversão, se levante! Ninguém irá responder. A missão de entretenimento não produz convertidos. A necessidade imediata para o ministério dos dias de hoje é crer na sabedoria combinada à verdadeira espiritualidade, uma brotando da outra como os frutos da raiz. A necessidade é de doutrina bíblica, de tal forma entendida e sentida, que coloque os homens em fogo."
Esses são pontos muito sérios para avaliarmos enquanto pastores, líderes e membros de nossas igrejas se não estamos dando espaço demais para grupos de teatro que se transformam em representantes de uma tendência que julgo ser perigosa, a de animadores do Evangelho. Não precisamos de mais cores e brilhos para a mensagem de Jesus, ela já vem dando resultados há milhares de anos, justamente pelo poder que ela esconde, conforme disse o apostolo Paulo aos Romanos: "porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego".

Jesus nos basta! E as peças teatrais têm de promover a Jesus! O resto é resto!

Tenho dito.

PS. A peça "jardim do inimigo" com bilheteria esgotada em nossa cidade é um exemplo flagrante do uso do teatro para promover o erro e certamente, não tem efeito algum para a conversão do pecador e a apresentação de Jesus como o unico Salvador do Mundo.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

SUA VIDA, UM IMPACTO PARA AS PESSOAS!

“Apesar de tudo, Deus está comigo. Sua palavra é a verdade segura e ainda que as superstições do paganismo fossem mil vezes piores do que são; ainda que fosse abandonado pelos meus e perseguido por todos, minha esperança, fundada na palavra de Deus, permaneceria sobre todos os obstáculos e triunfaria de todas as provas. A causa de Deus triunfará e eu sairei destas angústias qual ouro purificado ao fogo”. (William Carey)

Dediquei algum tempo de minha manhã para relembrar principios missiológicos sérios e contundentes. Estou persuadido que não existe ministério pastoral local e missional, mas sim existe um senso de urgência em relação à "Grande Comissão" de Mateus 28.19,20 na compreensão de que essa missão é intransferível e inadiável. Em outras palavras a verdade é que quando encontramos ecos da compreensão de "missão" que o apóstolo Paulo tinha percebemos alguns princípios muito sérios no modo como ele compreendia o seu envolvimento ministerial. Vejamos algo então somente na porção bíblica do capítulo 16 de I Corintios:

Primeiro quero dizer que nesse trecho bíblico o apóstolo Paulo considera que o modo como se deve encarar o ministério cristão passa pelo valor que devemos ter em relação às pessoas. Paulo faz questão nesse e em outros textos (sobretudo ao fim de suas cartas) de nominar os seus cooperadores (libertos e escravos), isos ele faz no sentido de valorizar, elogiar, enfim tratar o povo de suas igrejas como gente e não "massa de manobra". É muito triste vermos obreiros tratando sua membresia como números e não como pessoas! Tenho de concordar com o comentário terno do pr. Hernandes Dias Lopes, "a matéria prima da igreja é gente".

Em segundo plano, o que o apóstolo transmite em seu texto é uma preocupação para que os crentes de Corinto recebessem Timóteo, Estefánas, Fortunato e Acaico não como líderes que estavam com o peso da coordenação ministerial, ou da liderança específica sobre o rebanho, mas sim como "obreiros", isto é como trabalhadores no Senhor. Parece-me que Paulo transpira aqui o que ele havia compartilhado com a igreja de Tessalônica:


I Tessalonicenses 5:12-13
12 - E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam;
13 - E que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós.


Ainda vejo no texto uma terceira consideração: Paulo orienta a igreja em Corinto para viver um amor que não fosse puramente teórico. A ponto dele englobar tudo na seguinte expressão: "todas as vossas obras sejam feitas em amor" (I Corintios 16.14). O amor é o ambiente onde devem orbitar todas as relações cristãs, e não existe melhor meio de se demonstrar isso do que no cultivo de relacionamentos que visam a concretização de sentimentos afetuosos, seguindo a máximo da verdade de que "o amor é o que o amor faz".

Para tornar ainda mais prático esse valor de se ser um impacto na vida das pessoas, lembro-me de uma história que li já há algum tempo de um jovem que carregava no seu ombro um menino mais novo. Quando ele foi perguntado que peso seria aquele, ele de pronto respondeu: "não é um peso, é meu irmão". Vejo que essa é a tirada que precisamos ter em nossa mente e sobretudo, nosso coração: o nosso irmão (que Jesus nos ensinou na parábola do "bom samaritano" é o nosso próximo, aquele que está perto!) é gente como a gente, e deve ser servido e considerado desse modo, a fim de não incorrermos no erro de considerarmos as pessoas como "possível campo missionário". É lamentável a postura de quem diz amar o evangelismo e ao mesmo tempo trata as pessoas com rigor excessivo! O meu consolo é saber que, mais cedo ou mais tarde as verdadeiras igrejas reconhecem e seguem os verdadeiros pastores!

Tenho dito.

sábado, 15 de outubro de 2011

POR QUE INVESTIR EM MISSÕES?

Li semana passada um trecho de uma entrevista do David Botelho (www.davidbotelho.com.br) e vi uma demonstração lógica do investimento em média do crente evangélico brasileiro, e acabei citando num culto nosso de quinta, mas ainda não consegui ser exato nas proporções dos números, por isso quero colocar agora de forma exata: se o investimento de cada crente no Brasil para missões fosse de R$ 10,00 mensais, nós aumentaríamos o nosso potencial missionário cem vezes mais! “Isso porque o investimento em média do crente brasileiro para missões é de R$1,30 por ano”!

O melhor investimento que um crente pode fazer ao final de um mês é na causa missionária! Eu tenho já há algum tempo seguido a orientação de John Piper num de seus livros: “... Seja radical com a sua igreja. Não deixe que as pessoas se estabeleçam e se sintam confortáveis pela situação econômica tranquila. Convoque-as para o estilo de vida dos tempos de guerra e para a orientação das missões mundiais. Diga-lhes que podem escolher entre três opções. Podem ser os que vão, os que enviam ou os que desobedecem. Mas ignorar a causa não é uma opção cristã”.

Considero de urgente interesse da igreja evangélica brasileira um despertamento em relação ao seu potencial, e o que estamos perdendo justamente por não nos posicionarmos à altura de nossa grandeza. Pense comigo: O Brasil é um celeiro missionário, somos a terceira maior igreja do mundo e somos pigmeus em relação às nossas contribuições para o alargamento de nossas fronteiras! E a razão desse visão míope em relação às missões é justamente o grau de limitação que existe nos nossos líderes eclesiásticos. Eu tenho de denunciar de que são muitos os pastores que ainda precisam viver uma "imersão" em um campo missionário, pelo menos uma vida em sua vida!

Trabalho com motivação missionária há anos, à frente de projetos missionários no Haiti, apoiando a "Missão de Apoio à Igreja Sofredora" (www.maisnomundo.org) e já tive surpresas agradáveis no contato com os colegas no apelo para que eles abrissem espaço em suas agendas para ouvirem sobre os desafios de países pobres como o Haiti, Sudão, Borundi, dentre outros, e obtive respostas interessadas, mas é verdade que já tive o "silêncio intimidador" como resposta de outros, que pura e simplesmente não admitem investir tão longe, tendo tantas necessidades por aqui perto.

Missões não é de fato a razão central da igreja existir. Concordo com John Piper que a igreja existe para adorar ao Senhor, mas no bojo desse conceito está a ideia de que temos de proclamar o nome do Senhor entre as nações, a fim de cumprirmos a convocação que nos é feita (e repetida em outras porções bíblicas) no Salmo 105.1: "Rendei graças ao Senhor, invocai o seu nome, fazei conhecidos, entre os povos, os seus feitos". É sabido que a igreja precisa fazer missões justamente para que a glória do Senhor alcance todas as nações da terra, e essa deve ser a motivação central e não a nossa "compaixão em relação ao pecador".

Fico pensando em desafios que poderia propor aos meus leitores desse despretencioso blog e me vêm a mente as seguintes linhas de ação para aumentarmos a visão missionária de nossas igrejas, a começar pelos seus pastores:

(a) Deve-se pregar mais sobre missões nos cultos. Ouço um silêncio em muitas igrejas no que diz respeito a se ter boas mensagens missionárias. Repito, "boas mensagens"! As mensagens devem ser bíblicas, cristocêntricas, simples e de aplicações diretas para o engajamento dos crentes na obra missionária através dos já conhecidos três pilares: oração, contribuição e envio. Não se deve perder tempo com historinhas ou experiências pessoais de evangelismos bem sucedidos. Tem de se levar ao povo estatísticas sérias (e deve-se tomar o cuidado para ser o mais preciso possível) e todos os argumentos precisam estar solidificados no texto bíblico escolhido para a Exposição.

(b) Deve-se realizar campanhas de arrecadação de fundos para missões. Cada denominação tem os seus meses e alvos missionários (não estou falando de "igrejas-biroscas" que são criadas por divisão e por isso tem ojeriza a toda e qualquer orientação denominacional). E o ideal é que essas Campanhas sejam conduzidas com uma "visão de fé" desafiadora a respeito de alvos financeiros. Eu sempre parto do principio que o nosso povo tem dinheiro, o que lhe falta é objetividade no investimento. Gastamos muito "naquilo que não é pão" e por isso vemos vez por outra missionários tendo de voltar do campo justamente por ter acabado o seu sustento! Coisa triste!

(c) A igreja precisa entender que missões não é só fora de suas fronteiras. A igreja precisa fazer missões em sua comunidade também. Phillip Yansey comenta em um de seus livros que uma das razões de sua decepção com a igreja em sua juventude, foi que sua igreja majoritariamente branca enviava ofertas missionárias para os que estavam trabalhando na Africa, mas não permitia que os negros do próprio bairro viessem cultuar com eles! É uma situação que, infelizmente foi bastante recorrente em um período da história dos Estados Unidos e que serve de ilustração negativa do que pode vir a acontecer em nosso contexto no sentido de chorarmos  em relação aos pecadores do outro lado do mundo e não derramarmos uma lágrima sequer pelos nossos próprios vizinhos! Só iremos levar à nossa luz bem forte longe, se ela brilhar ainda mais forte aqui perto de nós!

(d) Por fim, os pastores precisavam passar pelo menos 15 dias em um campo missionário. Qualquer um, quer seja em nosso país ou fora! Há pastores que não valorizam os missionários e é verdade que há missionários que não valorizam pastores! Essa "guerrinha" precisa acabar e uma solução que venho propor é de que todo pastor coloque em sua agenda (e leve a igreja a considerar o investimento nesse sentido) deveria passar no ano pelo menos duas semanas dando alguma contribuição em algum projeto missionário: quer seja no evangelismo pessoal, treinamento teológico, cuidado com a vida do missionário, aconselhamento pastoral, construção de novos templos, visitas em orfanatos e asilos, enfim, iniciativas para sensibilizar o pastor, que vez por outra fica muito confortável em sua estrutura eclesiástica e precisa sentir mais o "cheiro do povo".

São apenas alguns apelos, entendo que eles não são absolutos, mas vão na direção de fazer com que invistamos mais do que recursos financeiros na obra missionária, mas sim que estejamos entregamos nossas próprias vidas a essa causa tão gratificante em termos espirituais.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

VAMOS ACORDAR, POVO DE DEUS!


"Ai dos que vivem sossegados em Sião, e dos que estão seguros no monte de Samária, dos homens notáveis da principal das nações, e aos quais vêm a casa de Israel!" (Amós 6.1).

Não podemos mais viver sossegados. Quero lhes propor algumas linhas de atuação (que desafio em primeiro plano a nossa igreja (IBACEN), depois meus companheiros  de caminhada ministerial.

1) Chega de canções de prosperidade. Se queremos fazer valer as bênçãos do Deus Providente, temos de parar com nossos clamores por fartura em nossas cabeças e mesas. Temos que vestir a camisa do engajamento social com nossos protestos de uma ordem mais justa para os mais frágeis de nossa sociedade. Não adianta gritar "sou abençoado" e assistir passivamente a morte de nossos jovens sem uma atitude de quem de fato está na frente e não na retaguarda da batalha!!!

2) Chega de mensagens positivas. Os púlpitos estão cheios de pastores que não conseguem aquecer o coração de ninguém com suas pregações cheias de princípios de auto ajuda e ensinos do jeito "faça a sua parte que Deus te ajudará". Temos de ser francos e abertos com os pecadores que vêm até nós: todos, absolutamente todos, estão à beira do inferno, e... se não fosse... a mão misericordiosa do Altíssimo, estaríamos todos perdidos!!!

3) Chega de dividirmos evangelismo com ação social. Essa relação dicotomizada entre falar de Jesus e agir como Jesus definitivamente não existe! O cloro é um veneno por si só, bem como o sódio... mas quando eles são fundidos na medida certa (transformando-se em cloreto de sócio) passa a ser a fórmula do sal... justamente o sal... e Jesus estava pensando nisso quando disse que nós "somos o sal da terra" (Mateus 5.13).

4) Chega de falar que temos de orar. Todos estamos "carecas" de saber que, como crentes temos de orar e não há poder na vida sem uma vida de oração. Agora, vamos parar de falar e vamos começar a orar??? Um dos sinais da calamitosa vida de oração no nosso tempo está justamente porque temos falado muito de oração, mas não oramos!

Pastores e lideres vamos silenciar o nosso silêncio e nos fazermos ouvidos em cada rua, becos e esquinas de nossa cidade. Temos que nos mobilizar! CHEGA!!! Não é a toa que Martin Luther King disse: "No Final, nós nos lembraremos não das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos."

sábado, 17 de setembro de 2011

O QUE É UM CRISTÃO VERDADEIRO?

"Um cristão verdadeiro é uma pessoa estranha em todos os sentidos. Ele sente um amor supremo por alguém que ele nunca viu; conversa familiarmente todos os dias com alguém que não pode ver; espera ir para o céu pelos méritos de outro; esvazia-se para que possa estar cheio; admite estar errado para que possa ser declarado certo; desce para que possa ir para o alto; é mais forte quando ele é mais fraco; é mais rico quando é mais pobre; mais feliz quando se sente o pior. Ele morre para que possa viver; renuncia para que possa ter; doa para que possa manter; vê o invisível, ouve o inaudível e conhece o que excede todo o entendimento" (A. W. Tozer)

Essa frase é para mexer com a nossa consciência dita cristã! Percebo que temos vivido em uma sociedade altamente condescendente em termos de valores morais... eu sempre tenho tido que a raiz da pulverização ética que vivemos é o afrouxamento de nossa confiança na suficiência das Escrituras. A crise moral é filha do liberalismo teológico e irmã gêmea da tragédia que assistiremos em breve na igreja evangélica brasileira onde determinados “gurus virtuais” vão conseguir o que mais sonham: desfocar a missão da igreja, transformando as comunidades de fé em ambientes de entretenimento apenas!!!

E onde fica o Evangelho? John Stott em seu comentário sobre o livro de Gálatas é bem taxativo ao dizer que “o Evangelho não é, antes de mais nada, as boas novas de um nenê na manjedoura, de um jovem numa banca de carpinteiro, de um pregador nos campos da Galiléia, ou mesmo de uma sepultura vazia. O evangelho trata de Cristo na cruz”.

É cruz tem a ver com renúncia. Nossa geração precisa aprender a abrir mão de direitos pessoal, de achismos inconseqüentes para se sujeitarem às verdades eternas do Evangelho. Agora tudo fica mais difícil quando percebemos crentes arrogantes que se consideram superiores a tudo e a todos, que verbalizam “palavras de ordem” para suas congregações com termos já desgastados de seus verdadeiros significados como “unção”, “palavra profética”, “avivamento” e tantas outras que, embora sejam ricas em si mesmas, já se perderam suas essências pelo mau uso de pessoas que querem por que querem atrair algum tipo de beneficio pessoal com o uso das mesmas.

A frase de Tozer se torna urgente... precisamos assumir que somos “estranhos”... não vemos o que adoramos, somos radicalmente depravados em nós mesmos (aquilo que chamo de “carniça interior”), perdemos para podermos ganhar, andamos na contramão do sistema do mundo, somos taxados e desrespeitados quando batalhamos pelo que é certo e ético, mas mesmo assim, não podemos abrir mão de nossa integridade.

Um dos meus sonhos mais candentes é justamente sermos uma igreja que receba menos moções de aplausos em nossas “câmaras municipais”, menos verbas para nossos eventos, menos “tapinhas” nos ombros, isso para que recebamos mais elogios do próprio Deus e o reconhecimento de que nossa “esquisitice” não é em decorrência de nossos cultos estranhos mas sim por nossa postura que ameaça o equilíbrio desse mundo caótico.

No dia que formos mais “estranhos” receberemos sem dúvida nenhuma a palavra de apoio que o próprio Jesus recebeu quando saiu das águas do Jordão: Então uma voz dos céus disse: "Este é o meu Filho amado, em quem me agrado". (Mateus 3.17). Ai sim, estaremos fazendo diferença e seremos menos homenageados pelos homens, mas sem dúvida, receberemos os louros das mãos do próprio Senhor da Igreja: Jesus Cristo.

Maranata, Ora vem Senhor Jesus!!!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O MUNDO É UM JARDIM DO INIMIGO?

"Sujeitai-vos, pois, a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós". (Tiago 4.7)

Acabei de ler (e publicar, como faço sempre com os comentários nesse blog) um comentário virulento em minha postagem sobre a Angra Expo que não me abalou porque como diz o apóstolo Paulo, "eu sei em quem tenho crido". Mas, me parece que há um descompasso emocional em crentes que não permitem críticas de seus eventos ou líderes prediletos, eles são cegos em relação aos seus erros, equívocos e inclusive, heresias. Com isso defendem ardorosamente seus nomes prediletos como se fossem verdadeiros semi-deuses. Numa rede social que participo fiz um comentário (admito, jocoso) do Silas Malafaia, e quase fui incinerado, disseram até que eu deveria cuidar mais da minha vida! Ufa! Quanta limitação de mente! Eu creio que o único inerrante é o Senhor Jesus, e a Ele é quem devemos imitar, agora homens (Malafaia, Feliciano, Valnice, Terra Nova, André Valadão, dentre outros) todos eles precisam estar sob o peso de observações críticas e pontuais, sempre utilizando a Bíblia Sagrada como referência de padrão de verdade.

O tema acima, é uma provocação em relação à peça que nossa cidade receberá na FITA (Feira Internancional de Teatro de Angra dos Reis) nesses próximos dias, denominada "O Jardim do Inimigo". Eu assisti a peça, e quero fazer algumas pontuações. No Wikipédia há um resumo da peça e também alguns dados da produção, que eu transcrevo aqui:

"O Jardim do Inimigo é uma peça teatral realizada pela companhia de teatro Jeová Nissi, foi apresentada pela primeira vez entre os anos 2000, é vista e conhecida por muitas regiões do Brasil e muito comentada entre as igrejas evangélicas, posteriormente foi lançada em DVD em 2007. Foi escrita, dirigida e protagonizada por Caique Oliveira que é o fundador da companhia.
Possui o tema abordando vários fatos que acontecem em relações humanas e cristãs, como violência doméstica, uso de drogas, prostituição, miséria, pobreza, descompromisso com Deus e a igreja. O texto é narrado pelo personagem principal, dito como o Acusador, o Diabo (Caique Oliveira), que acusa todos aqueles que seguem o caminho pecaminoso de uma forma sarcástica e entretida com Humor Negro. Apesar de ser um drama trágico-impactante foi aceito pelos mais diversos publicos e idades, O teatro é feito para jovens e segue uma linha de humor e drama."
 
Diante dessa apresentação e à luz do que eu vi, posso dizer que a peça é um desserviço ao evangelismo. O autor (que é o personagem principal, praticamente em forma de um monólogo aterrorizante) faz apologia aos estratagemas do Diabo, colocando-o como responsável absoluto de todas as desgraceiras da vida, e com tentáculos inclusive no seio da igreja evangélica. O tom é de um sarcasmo irreverente, e sem nenhum cuidado em não "carregar demais nas tintas" o nosso arqui-inimigo é apresentado em cores tão atraentes que os incautos vão desejar servi-lo ao invés do próprio Deus.

É incrível como a teologia protestante brasileira se vê em confusão a respeito do Diabo. Digo isso porque é sabido que as igrejas (sobretudo pentecostais e neo-pentecostais) dão um cartaz promocional a Ele a cada culto, creditando-o todos os erros, abusos e irresponsabilidades que ao invés de serem assumidas são tercerizadas para o Diabo e seus demônios, isso posto porque é mais fácil espiritualizar tudo e demonizar nossas fraquezas do que assumi-las diante da Cruz de Cristo na confissão sincera de nossos pecados. Em muitos cultos de libertação o Diabo possui  lugar de destaque, pois todas as vicissitudes da vida são atribuidas a ele. Parece-me que há o desconhecimento da podridão que é o coração humano em sua capacidade desmedida de fazer grandes males e de provocar tragédias insondáveis no mundo.

Não estou com isso, dizendo que o Diabo não está ao nosso derredor (I Pedro 5.8), ou ainda que o mundo não jaz no maligno (I João 5.19), ou ainda que ele não seja o pai da mentira (João 8.44). Longe de mim ser um "advogado do Diabo". Creio que ele é a única criatura do universo que não devemos esperar nenhuma possibilidade de salvação, mas não posso deixar também de afirmar categoricamente que ele é servo de Deus. Sim, o Diabo é um súdito do Reino de Deus, uma vez que ele não pode fazer absolutamente nada sem a permissão do Senhor. Lembra-se do episódio ocorrido na vida de Jó, e como Satanas precisou da permissão do Senhor para tocar em sua vida (Jó 1.12). É importante também recordar que, quando da tentação de Jesus, o Diabo foi colocado em seu devido lugar, apenas na citação pura e simples das Escrituras, três vezes pelo Senhor Jesus: Mateus 4.4; 7, 10.

Não podemos de maneira alguma compreender esse mundo (criado pelo Senhor com requintes de criatividade), que de acordo com o Salmo 24.1 pertence a Deus como "um jardim do inimigo", isso é heresia das mais hediondas. O mundo é de Deus, ele jaz no maligno em seus valores pervertidos por ocasião da queda do homem, agora o jardim do Eden (em simbolismo vivo, representando o lugar de deleite da presença de Deus) não se transformou em palco onde Satanás (o outro nome de Diabo) se tornou ator principal! Absolutamente! Quem continua ditando as regras nesse mundo é o Senhor. Gosto de afirmar e reafirmar isso categoricamente: Não há outro Senhor no céu e na terra!

Quando o famoso evangelista Billy Graham esteve no Brasil nos anos 60, foi lhe proposto sair em carro aberto para saudar a população do Rio. Ele secamente respondeu: "Deus não divide a sua glória com ninguém". Fico a pensar sobre o propósito de uma peça (dita evangélica) que atribui tanta glória ao Diabo que deixa sem dúvida, o espectador assustado, mas não mais temente ao Senhor! Quero terminar dizendo que a peça causa sim, assombro pelo Diabo, pelo Inferno, mas não provoca honra ao Criador, pois mesmo na confissão de pecados secretos há muito mais "pena de si mesmo" do que reconhecimento sincero que Deus é tudo em todos, e não levará ninguém ao céu por temor ao inferno! Termino com uma frase que gosto muito:  "não é o temor do Inferno o que me há-de levar ao Céu; o Amor de Quem lá Se deixa ver e gozar, sim."

Tenho dito. E não verei e não recomendo a peça "O Jardim do Inimigo".

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O VALOR DA COOPERAÇÃO

Chegando do Haiti nessa semana, depois de 15 dias de um abençoado "Projeto Missionário", começo a refletir sobre o valor da cooperação ministerial, uma vez que nesse tempo tive a oportunidade de liderar pessoas de 12 igrejas diferentes, e pude ter o privilégio de focar todo o grupo numa visão: dar a nossa contribuição para a reconstrução do país mais pobre das Américas.

Há muito tempo venho pensando a respeito da importância de uma imagem correta do que vem a ser uma igreja do Senhor Jesus. A Bíblia vai se utilizar de metáforas ( comparações) para expressar a igreja: edifício, rebanho, geração eleita, sacerdócio real, povo adquirido, corpo, e tantos outros. Em todas essas idéias há um elemento presente: cooperação. A cooperação é a participação de cada indivíduo para o desenvolvimento de um projeto comunitário. Daí a necessidade de se ter cooperação para a existência de uma igreja.

Para resgatarmos esse princípio na vida da igreja encontro no texto de Êxodo 17.8-13 alguns principios muito sólidos do que vem a ser uma vivência que viva na prática esse conceito. No texto encontramos o povo de Israel em uma peleja árdua com seus inimigos imediatos, os amalequitas, e um episódio chama a atenção de todos. Enquanto isso, Josué liderava o povo na frente de batalha, Moisés sobe ao monte para visualizar a batalha, seguido por Arão e Hur, dois de seus assistentes.

Repare comigo que a ordem de Moisés foi clara a Josué: “selecione os homens para a batalha e saia à campo, e amanhã eu vou estar no cume do monte, com a vara de Deus.” A vara de Deus, foi a mesma que abriu o Mar Vermelho, no texto ela é símbolo da intervenção sobrenatural de Deus na história natural do homem.

Moisés se compromete a assumir posição de intercessão na batalha. Não se tratava de uma posição de camarote, mas sim uma posição de guerra. Ora, Arão era sacerdote, Hur era um ancião, a terceira autoridade em Israel, ambos estavam dispensados da batalha, poderiam assumir uma postura de criticismo. Mas eles preferiram, segundo o verso 10 subirem também ao cume do Monte. Eles queriam participar!

Uma verdade que você jamais deve se esquecer: o “nós” é bem mais forte do que o “eu”. A força da comunidade é um valor que não se percebe com facilidade em nossa sociedade individualista. Geralmente se fala em participação popular apenas em época de campanha eleitoral. Mas o fato é que “o povo não sabe ainda, a força que possui”, isso em termos de protesto, denúncias, mas principalmente no campo das construções, das realizações.

Arão e Hur, pela posição que tinham na comunidade, poderiam muito bem, ficarem de braços cruzados questionando: “prá mim, não foi boa idéia de Moisés de guerrear contra este povo.” E aí outro respondia : “eu estou pagando para ver!”. Mas não ambos somaram!

Isso me faz lembrar uma fábula. A centopéia é aquele animalzinho, parecido com uma lagarta, que tem cerca de 100 patinhas. Cada uma das patinhas é importante para a movimentação da centopéia. Certo dia o macaco perguntou à centopéia: “qual das cem perninhas você mexe primeiro para andar?”. A centopéia então ficou tão preocupada em saber qual das pernas ela mexia primeiro que não andou mais!

A igreja só existe por causa da participação de todos em um projeto só: ora, temos uma visão: “sermos uma comunidade de fé e amor que vive em um ambiente de comunhão, proclamando Jesus Cristo, como Salvador do Mundo”, e não podemos descansar enquanto esse projeto não for plenamente  realizado.

Agora, um dado que não pode passar despercebido, e isso serve para todos nós, que somos líderes e que, vez por outra nos cansamos e nos desgastamos no ônus da liderança, está no verso 12, lá podemos encontrar o seguinte: “as mãos de Moisés, porém, ficaram cansadas”. Às vezes pode-se pensar que a liderança da igreja, por serem formadas de pessoas espirituais não se cansa, mas o fato é que muitos dos nossos líderes tem cedido ao estresse!

Ora o que é estresse: “ir além dos limites”. O sentido original da palavra estresse veio da mecânica. Trata-se do trabalho de determinar a resistência de um material, o que é importante na construção de pontes, edifícios, aviões. Então para se determinar a resistência de um material é preciso submetê-lo a estresse, isto é, forças, até o ponto de ele se partir. Tomo um tijolo, coloco-o numa prensa e vou apertando, quando ele partir, eu terei chegado ao ponto de “estresse” do tijolo.

Moisés sobe ao monte, Arão e Hur o segue, e ele começa a perceber que quando ele levanta as mãos o povo de Israel prevalece, mas quando abaixa o povo perece. Mas ele não percebe que vem o cansaço. Nem sempre vamos poder estar dando o máximo de nós! Precisamos aprender a separar tempo para o nosso descanso! E, para isso, precisamos entender que não somos super-homens, muito menos, super-mulheres! Temos as nossas debilidades pessoais e vez por outra vamos precisar de pessoas nos apoiando com suas fortes e descansadas mãos.

Quero, aproveitar essa postagem para agradecer a feliz e singela homenagem que recebi ontem em nosso culto, pela passagem do meu aniversário, e pelos inúmeros recados e felicitações via redes sociais. Completei 37 anos no dia 26 de agosto, data que eu ainda estava no Haiti. Fico pensando em nossa igreja, e imagino os vários momentos de minha vida em que precisei que muitos desses irmãos e irmãs sustentassem minhas mãos na condução de várias batalhas. E, posso dizer: em Deus vencemos juntos, e hoje podemos dizer: "até aqui nos ajudou o Senhor!".

Obrigado.

PS. Esse artigo é para aqueles que carregam o peso da liderança e que precisam aprender, dentre tantas coisas, que precisam de pessoas. Como alguém já disse: "pessoas precisam de pessoas para serem pessoas".

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

VENCENDO O PRECONCEITO! VIVA O HAITI!

Gosto de pensar em Jesus como um “quebrador de tradições humanas”. Esse é um dos títulos que mais me emociona ao pensar sobre o Jesus a quem eu sirvo. Empolgo-me em refletir em um Jesus que simplesmente vê as coisas por um “outro ângulo” e com isso, recebe quem não é recebido por ninguém e afasta aquele que é tolerado por todos. Um Jesus que, com suas armas pacíficas é capaz de enfrentar o mais furioso dos preconceituosos.

O preconceito é uma das doenças mais perversas de nossos dias. Não estava errado Albert Einstein quando sussurrou: “que triste é o nosso mundo; em que é mais fácil dividir um átomo do que destruir um preconceito!”. Mas, em matéria de demolir preconceitos, Jesus, estava à frente de seu tempo. E foi assim, num texto que meditei na semana passada para uma mensagem em minha congregação: Mateus 9.20-22 na história da mulher que padecia de uma hemorragia crônica e ousou tocar em Jesus.

Michael Harper em seu livro “As curas milagrosas de Jesus” faz um comentário interessante sobre essa passagem: “Esta estória é confortadora para os que sentem que ninguém tem tempo para eles, menos ainda Deus. É também desafiadora para os que são demasiadamente ocupados e cujas vidas são por demais programadas. Jesus sempre parecia encontrar tempo para lidar com a necessidade humana genuína e assim devíamos nos fazer”.

O fato é que Jesus estava tremendamente ocupado com a solicitação de um oficial judeu que estava com a sua filha à beira da morte. E no caminho para a casa do homem importante na sinagoga (lugar de cultos dos judeus no tempo bíblico), Jesus é surpreendido com um toque em meio a uma multidão. Ele então solicita que tal pessoa se manifeste e nisso a história dessa mulher foi eternizada.

Ela sofria de uma menstruação crônica e com isso, segundo a lei dos judeus, ela era imunda, e tudo quanto tocasse imundo se tornava (Levítico 15.25-27). Ela vivia em desespero de vida, e já havia gastado tudo o que tinha em procura de sua cura. Olha, a grosso modo, podemos perceber pelo contexto histórico, que como naqueles tempos não haviam os absorventes modernos, que aliviam, ao menos em uma certa porcentagem, os “maus jeitos” desses dias de sangramento, aquela mulher sofria profundamente.

Certamente não era casada. Não recebia um abraço de ninguém. Ninguém lhe beijava, ela não recebia nenhum  “chamego”, um sussurro de afeto. Era seca por dentro e gotejante de sangue por fora! Triste sina, diríamos hoje... Mas, essa mulher encontrou-se com Jesus e isso mudou a sua história.

Ela foi ousada em sua fé. E logo pensou: “olha se seu simplesmente tocar na pontinha das roupas de Jesus, ficarei curada”. Pensando sobre essa ousadia cheguei a algumas conclusões:

(*)  Essa ousadia nasceu no cansaço daquela mulher em buscar a cura por seus próprios recursos.

Chegou um determinado tempo que ela se cansou e aí veio a idéia: “tocar em Jesus”. O toque em Jesus iria mudar o seu estigma, e ela cria que Jesus não era um milagreiro qualquer, era o próprio Filho de Deus.

Essa nova consciência de quem Jesus de fato foi e continua sendo, fez com que um dos homens mais poderosos da história se curvasse diante do personagem Jesus. Esse homem foi Napoleão Bonaparte, olha a declaração que tenho arquivada dele: “Com todos os meus exércitos e generais, por um quarto de século não consegui subjugar nem um único continente. E esse Jesus, sem a força das armas, vence povos e culturas por dois mil anos.”

(*)  E por último, essa ousadia foi a atitude que levou a mulher a não sair de perto de Jesus sem ter uma página de sua história virada.

“Página virada” tem a ver com mudança de tom, de ambiente e de conceito de vida. Não é a toa que Jesus ao se referir a ela, no verso 22, a chama de “filha”. Ela que não era notada por ninguém, salvo para chamá-la de imunda ou talvez de “fetida”,  agora recebe um título familiar que reforça o carinho com que Jesus trata as pessoas. Para ele, todos nós, independente de nossos sangramentos existenciais somos “filhos e filhas”.

Olha, me emociono com esse Jesus, ele de fato é único em sua amplitude de ser. Mas também ele é único na amplitude de seu amor. Ele me ama como se eu fosse o único ser criado no universo, e isso me faz especial.

Por isso que, me dirigindo a você, posso lhe garantir: ninguém nunca lhe amará mais nessa vida do que Jesus. Tenha ousadia, toque nele, e eu posso lhe garantir:  a cura que você espera virá, e com ela você adquirirá a vivência na esfera da graça amorosa de Jesus, a participação em um novo ambiente familiar e um conceito novo de um Jesus que sempre terá boas intenções a seu respeito.

PS. Vou ao Haiti na próxima semana, fico lá até o dia 31/08. Serão 15 dias de "imersão missionária", envolvendo-me com pessoas que são alvos do amor de Jesus. São os "intocáveis" de nosso tempo! Peço que me acompanhem em oração e em breve trarei novas notícias daquele país que capturou o meu coração!