sexta-feira, 21 de outubro de 2011

SUA VIDA, UM IMPACTO PARA AS PESSOAS!

“Apesar de tudo, Deus está comigo. Sua palavra é a verdade segura e ainda que as superstições do paganismo fossem mil vezes piores do que são; ainda que fosse abandonado pelos meus e perseguido por todos, minha esperança, fundada na palavra de Deus, permaneceria sobre todos os obstáculos e triunfaria de todas as provas. A causa de Deus triunfará e eu sairei destas angústias qual ouro purificado ao fogo”. (William Carey)

Dediquei algum tempo de minha manhã para relembrar principios missiológicos sérios e contundentes. Estou persuadido que não existe ministério pastoral local e missional, mas sim existe um senso de urgência em relação à "Grande Comissão" de Mateus 28.19,20 na compreensão de que essa missão é intransferível e inadiável. Em outras palavras a verdade é que quando encontramos ecos da compreensão de "missão" que o apóstolo Paulo tinha percebemos alguns princípios muito sérios no modo como ele compreendia o seu envolvimento ministerial. Vejamos algo então somente na porção bíblica do capítulo 16 de I Corintios:

Primeiro quero dizer que nesse trecho bíblico o apóstolo Paulo considera que o modo como se deve encarar o ministério cristão passa pelo valor que devemos ter em relação às pessoas. Paulo faz questão nesse e em outros textos (sobretudo ao fim de suas cartas) de nominar os seus cooperadores (libertos e escravos), isos ele faz no sentido de valorizar, elogiar, enfim tratar o povo de suas igrejas como gente e não "massa de manobra". É muito triste vermos obreiros tratando sua membresia como números e não como pessoas! Tenho de concordar com o comentário terno do pr. Hernandes Dias Lopes, "a matéria prima da igreja é gente".

Em segundo plano, o que o apóstolo transmite em seu texto é uma preocupação para que os crentes de Corinto recebessem Timóteo, Estefánas, Fortunato e Acaico não como líderes que estavam com o peso da coordenação ministerial, ou da liderança específica sobre o rebanho, mas sim como "obreiros", isto é como trabalhadores no Senhor. Parece-me que Paulo transpira aqui o que ele havia compartilhado com a igreja de Tessalônica:


I Tessalonicenses 5:12-13
12 - E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam;
13 - E que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós.


Ainda vejo no texto uma terceira consideração: Paulo orienta a igreja em Corinto para viver um amor que não fosse puramente teórico. A ponto dele englobar tudo na seguinte expressão: "todas as vossas obras sejam feitas em amor" (I Corintios 16.14). O amor é o ambiente onde devem orbitar todas as relações cristãs, e não existe melhor meio de se demonstrar isso do que no cultivo de relacionamentos que visam a concretização de sentimentos afetuosos, seguindo a máximo da verdade de que "o amor é o que o amor faz".

Para tornar ainda mais prático esse valor de se ser um impacto na vida das pessoas, lembro-me de uma história que li já há algum tempo de um jovem que carregava no seu ombro um menino mais novo. Quando ele foi perguntado que peso seria aquele, ele de pronto respondeu: "não é um peso, é meu irmão". Vejo que essa é a tirada que precisamos ter em nossa mente e sobretudo, nosso coração: o nosso irmão (que Jesus nos ensinou na parábola do "bom samaritano" é o nosso próximo, aquele que está perto!) é gente como a gente, e deve ser servido e considerado desse modo, a fim de não incorrermos no erro de considerarmos as pessoas como "possível campo missionário". É lamentável a postura de quem diz amar o evangelismo e ao mesmo tempo trata as pessoas com rigor excessivo! O meu consolo é saber que, mais cedo ou mais tarde as verdadeiras igrejas reconhecem e seguem os verdadeiros pastores!

Tenho dito.