segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

UM CHAMADO PARA 2013

"Devemos ter a coragem, a ousadia do Espírito Santo, de viver uma vida que seja mais revolucionária do que qualquer outra religião não cristã. Se quisermos, o Senhor nos dará a coragem de trabalhar como soldados, mas precisamos sair e levar sua Comissão. A ordem já foi dada pelo Senhor e o chamado é claro: preparem-se para a batalha espiritual. Vamos, em nome de Jesus! Nós conseguiremos porque, desde que deu as ordens, Jesus entregou para cada geração a habilidade, a força, a mão de obra e a oportunidade para realizar". (Irmão André)

No apagar das luzes de 2012, reflito neste último artigo do ano em nosso chamado para sermos soldados de Jesus em novas batalhas no ano que se inicia. Tenho para mim que de uma maneira ainda mais aguerrida temos de fazer do Evangelho do Senhor Jesus nossa principal bandeira. Mas que evangelho seria esse?

Não se trata de um "evangelho social", que acredita infantilmente na transformaçáo de nossa sociedade pela penetração da igreja em sua comunidade. Já há muito tempo não acredito nessa balela esquerdista. Nossa sociedade nunca será mais justa por uma razão simples: o homem é pecador, e por conta disso sua natureza só tem olhos para si mesmo! A violência, a dramaticidade das drogas, a chaga da prostituição não encontrará soluções nas iniciativas políticas (governamentais ou não), mas sim na sujeição dos sujeitos envolvidos ao senhorio do Senhor Jesus, e isso sem "virulas".

Não se trata também do "evangelho dos evangélicos", e eu tomo essa expressão emprestada de Juan Carlos Ortiz. Os evangélicos são assombrados com ideias de riquezas materiais à custa de seus decretos e recitação de mantras esotéricos-pentecostais. Enoja saber que milhões de trabalhadores humildes são assaltados com promessas tolas de pastores que são verdadeiros lobos travestidos de ministros empererecados. Mas, em relação a esses a Bíblia é bem taxativa em afirmar que receberão recompensas pelos seus feitos irresposáveis! Lembre-se comigo daquele texto em que o Senhor refere-se àqueles que fizerem desviar um dos seus "pequeninos", Mateus 18.3.

Por fim, trata-se do evangelho da cruz, que pode ser resumido com o que foi escrito pelo apóstolo Paulo em I Corintios 15.3,4: "Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado; ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras." Essa mensagem precisa ser dita em nossos encontros formais e informais, sua essência deve permear nosso sangue: Jesua morreu, foi sepultado e ressuscitou! Isso implica em dizer que somente a fé em Jesus (e nada mais) pode levar o homem do seu estado natural de separação completa do Senhor para uma relação de filiação.

Deve ser reiterado em nossa convicção evangélica que, sem fé e arrependimento ninguém poderá chegar a Deus! E isso vale para todos, quer seja ricos ou pobres, negros ou brancos, homens ou mulheres, adultos ou crianças. Enfim, a verdadeira distinção que existe no mundo é entre salvos e perdidos. E nessa questão, é importante relembrar o que temos registrado em Mateus 7:13: "Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela". Termino relembrando um episódio exposto na magnífica obra de John Bunyan, "O Peregrino". "Cristão" encontra-se com dois homens, "Formalista" e "Hipocrisia" que pularam o muro que segue ao lado do caminho estreito, evitando a “porta estreita”, que simboliza o arrependimento e a fé no Cristo crucificado, e ao serem indagados fizeram questão de se defenderem: “Se entramos no caminho, que importa a maneira como o fizemos? Se estamos nele, já estamos nele. Você também está no caminho, mas, como percebemos, entrou pela Porta Estreita; e nós, que igualmente estamos no caminho, viemos pulando por cima do muro. Em que a sua condição é melhor do que a nossa?” Mas, Cristão lhes mostra o rolo que lhe foi dado, o qual ele deveria apresentar no portão da cidade, para que tenha entrada. Quem conhece a história se lembrará que esse rolo é o que dã a autorização necessária para entrada nos portões da cidade celestial. Em outras palavras, não bastar estar no caminho estreito, é preciso ter passado pela porta estreita que dá acesso ao caminho estreito! E isso implica em sofrimento! Quem não deseja uma vida de renúncia torma-se inapto para o evangelho. Entendo o evangelho como sendo uma forma aceitável de se morrer! Não é a toa que o batismo cristão (Romanos 6) ilustra a morte para o mundo e a ressurreição para uma nova vida!

Por isso, não desejo um ano tranquilo para você! Pelo contrário peço a Deus por mim e você no sentido de termos mais 365 dias de renúncias e padecimentos a fim de cumprirmos com o que "resta das aflições de Cristo", de acordo com I Pedro 4. 12,13:

"Amados, não estranheis a ardente provação que vem sobre vós para vos experimentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas regozijai-vos por serdes participantes das aflições de Cristo; para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e exulteis".

Que este texto seja concretizado em 2013 na minha e na sua vida.

Creio nisso!

PS. Estarei de férias em grande parte desse mês de janeiro, e com isso, meus publicações serão ainda mais escassas do que o habitual. Um período para mudar o foco e ouvir mais o coração em intimidade com o Senhor, será minha busca nesses dias. Que Deus me ajude!