sexta-feira, 27 de novembro de 2015

MISSÕES: MINHA PAIXÃO! SUA PAIXÃO! NOSSA PAIXÃO!

Estou retomando meu espaço aqui no blog para falar de minha paixão: a causa missionária. Tenho dado suporte a pastores e líderes em vários projetos missionários desde 2010, no Haiti, Peru e agora no sertão da Paraíba: Junco do Seridó. E é daqui do sertão que me proponho a refletir em cima de um texto que escrevi há algum tempo, e foi publicado na revista de promoção missionária de minha denominação, e que disponibilizo ao público que pretendo que retorne a visitar esse modesto espaço cibernético.

Há um equivoco na base de um pensamento corrente em nosso meio de que missões é uma responsabilidade denominacional pura e simplesmente. Enviam-se recursos financeiros e pronto, termina a competência da igreja e começa a de uma junta mantida por uma estrutura que reúne condições de coordenar as atividades do campo missionário. Grande engano! A igreja é a força motriz no movimento missionário. Foi a igreja que, em Atos 13 enviou a Barnabé e Saulo para a primeira viagem missionária. O verso 2 diz claramente: “Enquanto eles ministravam perante o Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: Separai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.” A igreja precisou ter a sensibilidade de separar aqueles que o Senhor havia chamado.

É a mesma ideia que Jesus nos apresenta em Mateus 9.38: “Rogai, pois ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara”. O texto não nos incita a apelarmos por trabalhadores e sim para rogar ao Senhor que mande trabalhadores! A igreja apenas reconhece os que são enviados pelo Senhor! Por conta disso creio que o maior problema da obra são os obreiros, conforme sugeriu D. L. Moody. Mas a essência do problema não é a ausência de obreiros, mas sim a insensibilidade da igreja em enviar esses ao campo! Nossas igrejas estão com verdadeiros exércitos adormecidos em seus bancos, que se reúnem semanalmente para bebericar verdades espirituais, participando de cultos como quem vai a um restaurante “self service”, mas que jamais desenvolveram seus dons e talentos por falta de uma visão que poderia chamar de “enviadora” da igreja!

Uma igreja com visão “enviadora” procura identificar em seu rol de membros vocacionados de ambos os sexos que podem passar um tempo de suas férias no campo missionário, servindo com seus dons de pedreiro, pintor, eletricista, carpinteiro, professor, enfim, sendo a encarnação da missão e não apenas mantenedor financeiro. Tenho dito que a forma mais pobre de se fazer missões é enviando dinheiro apenas. Digo isso porque não considero uma entrega completa o fato de se separar uma quantia financeira para que outros estejam indo, isso soa mais como uma atitude formal de quem não deseja se envolver muito com o cerne da missão que é justamente a proximidade com a realidade que o missionário vive.

Em minhas viagens missionárias, procuro me inteirar na dinâmica do trabalho missionário, seu peso emocional, suas lutas espirituais, seus dramas familiares, suas decepções por poucos resultados, enfim o lado gente da missão. A igreja que comissiona seus pastores e líderes para observar o campo missionário (no Brasil, mas sobretudo fora do país) poderá ter como retorno um líder engajado em missões não no que ele ouviu, mas do que ele viu e participou! Isso sim é entrega total!

Proponho uma participação intensa do pastor na visão missionária da igreja porque a obra do Senhor tem pressa! Estamos com o relógio escatológico seguindo seu ritmo divinamente cronometrado. Vou me ater ao que disse Ronaldo Lidório em um de seus artigos : “Jesus deseja ser conhecido e, apesar de sermos mais de 20 milhões de evangélicos neste grande país, termos riquezas, sabedoria, força e louvor, Ele continua desconhecido em diversos lugares”.


Devemos entregar nossa vida para o cumprimento dessa missão: tornar Cristo conhecido entre as nações. Viver desse modo é o que nos importa como crentes desse país, chamado "Brasil". 

Creio nisso!