quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

NATAL SEM EXTRAVAGÂNCIA!

"e ela teve seu filho primogênito; envolveu-o em panos e o colocou em uma manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria". (Lucas 2.7)

Quem em sã consciência poderia inventar o nascimento de um filho de Deus em condições tão simplistas! A quem interessaria o nascimento de um Deus-menino? Por que o filho de Deus teria de vir de uma camponesa? O que tinha Belém de resplendor em sua simplicidade para recepcionar o nascimento do Salvador do mundo?

Enfim, são perguntas que nos fazem constantemente nesse tempo de Natal. Já tenho lidado há algum tempo com os inimigos do Natal, pessoas de confissões teológicas equidistantes que vão de puritanos a neo pentecostais, e todos com o mesmo argumento: o Natal transformou-se em um negócio idólatra.

Concordo. Mas, porque não nos atermos então nas singelas imagens do primeiro Natal? Repare no texto que destaquei acima: um filho envolto em pano, em uma manjedoura. Não é tocante? Quando Isaías destacou em seu texto clássico (9.6): "um filho se nos deu", o que ele pretendia comunicar?

Tenho para mim que o "se nos deu" reforça a ideia de que a vinda de Jesus ao mundo foi um presente divino para a humanidade. Minha reflexão na parte final do cântico de Zacarias que compartilharei com a igreja domingo reforça esse meu entendimento:

Lucas 1:78-79
78 - Pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus, Com que o oriente do alto nos visitou;
79 - Para iluminar aos que estão assentados em trevas e na sombra da morte; A fim de dirigir os nossos pés pelo caminho da paz.

Isso porque o verbo "visitou" que destaco no verso 78 tem a ver com: "tomar em consideração a fim de ajudar ou beneficiar". Logo a vinda de Jesus ao mundo não foi algo arbitrária, mas sim com um propósito em foco, a saber, considerar uma ajuda beneficial! Jesus veio em condições simples justamente para se identificar com a nossa rotina de vida.

Por isso que admito algo que repito todos os anos: o Natal não combina com exibicionismos, festas badaladas e comilanças nababescas! Tudo deveria ser o mais simples possível! Pode e deve se ter comida, mas na medida do tamanho da família. As sobras deverão ser aproveitadas e jamais desperdiçadas. E o melhor, a solidariedade precisa estar em alta, na alma e no coração!

Talvez uma das bençãos desse tempo de crise financeira (situação mundial que afeta o Brasil) e política (graças ao estelionato eleitoral do PT) é que muita gente anda "pisando no freio" em seus gastos e extravagâncias. Que bom.

Desejo aos meus poucos, mas fiéis leitores um Natal com simplicidade, e que Jesus o que teria todos os motivos para se orgulhar de sua origem divina e não o fez por graça e humildade esteja sobre a sua vida e família, sempre.